João Teves, 05 Jun(Inforpress) - O secretário de Estado para Economia Agrária pediu hoje uma “maior consciencialização” de toda a sociedade cabo-verdiana no sentido de proteger o ambiente e assim ser mais resiliente às alterações climáticas.
Miguel Ângelo da Moura falava à imprensa a propósito do Dia Mundial do Ambiente, assinalado hoje, com actividades centrais para comemorar esta realizadas no município de São Lourenço dos Órgãos, sob o lema “Acelerar o restauro da terra, a resiliência à seca e à desertificação”, tendo como foco a prevenção, justificando que se hoje existe a necessidade de restauro é porque no passado algo não foi bem feito.
Neste sentido, Miguel Ângelo Moura lançou um apelo a todos no sentido de se fazer “um bom uso da Terra”, mediante a capacidade de carga do ambiente, a fim de se evitar sobrecarga e permitir que as gerações futuras tirem proveito e benefícios do planeta.
Igualmente, pede à sociedade para realizar pequenos gestos que protegem o meio ambiente e que fazem as pessoas serem mais resilientes diante das alterações climáticas e os efeitos que já se fazem sentir.
O secretário de Estado enalteceu o papel das autoridades nesta matéria, sublinhando que possuem um “papel importante” na definição de políticas, práticas, projectos e acções, mas que cada pessoa tem a capacidade de fazer em casa, na localidade, ilha e país.
“Fazer algo e dar o seu contributo para melhorar a capacidade da Terra no sentido de suportar as actividades desenvolvidas pelo ser humano”, clarificou.
Em Cabo Verde, inclusive, continuou, a orientação e governação ambiental é “muito prática”, ressaltando que há um conjunto de actividades que cabem às autoridades centrais e municipais, e outras às instituições, empresas, às ações e aos cidadãos, demonstrando assim que cada um tem uma responsabilidade na proteção do meio ambiente.
Conforme disse Miguel Ângelo da Moura, o lema relembra que “o uso da Terra não é infinito e isso significa que temos que fazer melhor uso de tudo aquilo que ela nos oferece”, acrescentando que o Governo vai estruturar a sua capacidade de intervenção e criar instrumentos para que a sociedade tenha a acção e implementação de projectos concretos voltados à proteção do meio ambiente.
Por seu lado, o presidente do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros (SNPCB), Domingos Varela, explicou que o objectivo principal é sensibilizar as pessoas para não fazerem queimadas, principalmente nas ilhas florestais, porque para além de ser proibida por lei, esta prática causa “muitos danos” no meio ambiente e degrada o solo, além de ter causado “vários dissabores” o que não é nada bom ao ambiente e mesmo para a sociedade.
Em representação à sociedade no acto central das comemorações do Dia Mundial do Ambiente, Maria dos Santos, funcionária há mais de quatro anos na preservação da floresta, asseverou que “é bom limpar as florestas e manter o ambiente limpo”, aproveitando para pedir a todos que deem o seu contributo na preservação do meio ambiente.
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Inforpress/Fim
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