Cidade da Praia, 30 Set (Inforpress) – O MpD, oposição em São Domingos, acusou hoje a câmara municipal local de “não cumprir” com a promessa de apoiar com os custos de alojamento, alimentação e transportes, os 44 jovens que foram estudar em Barcelos, Portugal.
Esta acusação foi feita pela deputada nacional do Movimento para a Democracia (MpD) pelo círculo eleitoral de Santiago Sul, Isa Gandira, em conferência de imprensa, para denunciar a irresponsabilidade “grave” por parte da câmara municipal deste município.
Isa Gandira explicou que esta câmara municipal fez com que esses jovens se inscrevessem para cursos profissionais em Barcelos, prometendo que os custos de alojamento, alimentação e transportes, estariam sob a sua responsabilidade, mas que ao chegarem lá isto "não aconteceu".
A mesma fonte avançou que foi através de uma denúncia que os pais desses jovens fizeram, que ficaram a saber que "nem sequer" chegaram ao estabelecimento de ensino profissional em Barcelos e ficaram abandonados em Portugal.
Neste momento avançou que estão hospedados em casa de familiares e amigos em Lisboa.
Indira Gandira disse ainda que é de uma “forma descarada” que esta instituição vem se proclamando do quanto tem apoiado esses jovens em busca de uma vida melhor.
A deputada aproveitou para questionar a edilidade de São Domingos como é que tem manifestado o apoio a estes jovens, já que os pais é que "custearam tudo" para obtenção dos vistos, afirmando que os mesmos alegaram que pagaram à câmara um valor de 3 mil escudos para inscrição, 16 mil para o processo de visto e ainda mais 35 mil escudos para a aquisição de bilhete de passagem.
“Poderiam comprar os bilhetes a um preço mais baixo, pois tiveram a oportunidade de fazê-la por 25 mil escudos, mas infelizmente, não foi possível, porque esta instituição confiscou os passaportes com vistos, de modo, que eles mesmos possam fazer a aquisição dos bilhetes a este valor", avançou.
Perguntou igualmente com base em que lei é que a câmara efectuou esta cobrança e para onde foi este dinheiro.
Lamentou esta situação, exigindo que as responsabilidades fossem “assacadas”, considerando que se trata de uma instituição do Estado, que tem como obrigação primar pela legalidade, responsabilidade, transparência, e acima de tudo, zelar pelo bem estar comum.
Por outro lado, destacou também outras promessas que não foram cumpridas, nomeadamente, o lançamento de pedras para a construção de um campo relvado na freguesia de Nossa Senhora da Luz, cujo prazo para o término seria de 12 meses, e que já lá vão 6 meses, nem sequer teve o arranque. O mesmo aconteceu com o pavilhão desportivo na Várzea da Igreja.
Lembrou também da requalificação urbana de algumas localidades e ainda asfaltagem da circular de Água de Gato e entre outras promessas.
DG/ZS
Inforpress/Fim
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