Mindelo, 12 Nov (Inforpress) – Os nove trabalhadores da Residência Estudantil Leonel Madeira, no Mindelo, encontram-se em greve de 48 horas e asseguram que “não vão baixar os braços” se continuar o “descaso” da tutela e os vários problemas que enfrentam.
A paralisação de dois dias, segundo a funcionária e dirigente sindical Vitalina Correia, deve-se principalmente ao “silêncio e descaso” da parte da Fundação Cabo-verdiana de Acção Social Escolar (Ficase), do Ministério da Educação e da própria direcção da residência.
“É um silêncio total perante problemas dos trabalhadores e que se arrastam há muito tempo. Fizemos várias tentativas para a sua resolução, mas ainda não recebemos qualquer parecer”, sublinhou a mesma fonte.
Vitalina Correia enumerou uma série de pendências, que afectam os nove funcionários, ligados à cozinha, lavandaria e serviços gerais.
Entre estas estão reclamações como reajuste salarial e subsídios de turno e de risco.
Por outro lado, acrescentou, enfrentam indefinição quanto ao modelo de Segurança Social e da localização de base de dados dos trabalhadores, dificuldade de contagem de tempo de serviço para a aposentação e ainda subsídio de gratificação, que foi retirado em 2016.
“Ainda temos um caso grave de um trabalhador que foi para a reforma, mas se encontra em situação de miséria e temos também colegas que já podiam estar reformados, mas ainda não foram com medo de ficar na mesma situação”, explicou.
Os trabalhadores da residência, no Mindelo, aguardam ainda, sustentou, o enquadramento no actual Plano de Cargos, Funções e Remunerações (PCFR) da Função Pública.
Mesmo assim, Vitalina Correia assegurou que o grupo está aberto ao diálogo com a tutela, mas, caso não tiverem respostas, vão prolongar a greve e ver outras formas de luta.
LN/AA
Inforpress/Fim
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