Mindelo, 06 Set (Inforpress) – O Dia da Paróquia de Nossa Senhora da Luz, no Mindelo, vai ser assinalado com a habitual serenata, missa e procissão organizadas pela igreja para dar ânimo à população e ajudar neste “momento difícil”.
A informação dada à Inforpress pelo pároco, padre Lino Pereira, que acredita que, “mais do que nunca”, deve-se celebrar a padroeira da cidade do Mindelo e pedir, tanto à Nossa Senhora da Luz, como a São Vicente, que ajudem o povo a “ultrapassar este momento delicado” após a tempestade Erin, que assolou a ilha.
Neste sentido, contam realizar no domingo, 07, a habitual serenata que vai ser aproveitada para “cantar São Vicente” e levar ânimo "aos mais precisados"..
A actividade cultural tem início marcado para às 19:00, a partir da Praça B.Leza, em Monte Sossego, e de seguida passa pela Avenida 12 de Setembro, uma das áreas da cidade mais afectadas pelas enxurradas, e outras artérias de Mindelo, que vão receber o habitual desfile de mornas em homenagem a ilha de São Vicente e as suas gentes.
Da programação, consta ainda a missa em celebração que acontece na segunda-feira, 08, dia que assinala a padroeira, no pavilhão da Escola Secundária Jorge Barbosa.
A eucarística será seguida de uma procissão, com um percurso que inclui a Avenida Alberto Leite, Praça Nova, 05 de Julho, com término na Paróquia de Nossa da Luz, na Rua da Luz.
As três actividades encerram os festejos do dia da padroeira que neste ano, segundo o padre Lino Pereira, foi realizada com uma “festa mais simples” para que todos os recursos financeiros sejam canalizados para a Cáritas, como forma de ajudar centenas de pessoas afectadas pelas chuvas.
Entretanto, o programa iniciou-se desde do dia 26 de Agosto com uma “roda de conversa” com psicólogos sobre o tema “Depressão versus Esperança cristã” e no dia 30 os cristãos estiveram reunidos num “momento de oração e cura” para “trazer paz e alívio às várias pessoas que passaram pelo tormento no dia 11 de Agosto”, considerou a mesma fonte.
A tempestade Erin, ocorrida na madrugada do dia 11 de Agosto, inundou bairros, destruiu estradas e estabelecimentos comerciais, afectou o abastecimento de energia e água e provocou nove mortos, havendo ainda duas pessoas desaparecidas e vários desalojados.
Na sequência, o Governo declarou situação de calamidade por seis meses em São Vicente, Porto Novo (Santo Antão) e nos concelhos de São Nicolau, outros dos pontos do país afectados.
Foi aprovado um plano de resposta com apoios de emergência às famílias e actividades económicas, incluindo linhas de crédito bonificadas e verbas a fundo perdido, financiadas pelo Fundo Nacional de Emergência e pelo Fundo Soberano de Emergência, criado em 2019.
Isto para além de medidas emergenciais aplicadas pela Câmara Municipal de São Vicente para apoiar especialmente os comerciantes.
LN/CP
Inforpress/Fim
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