São Vicente: OMCV já entregou mais de 600 cestas básicas a famílias afectadas por tempestade - Delegada

Mindelo, 19 Out (Inforpress) – A delegada da Organização das Mulheres de Cabo Verde (OMCV) em São Vicente disse hoje à Inforpress que a instituição já distribuiu mais de 600 cestas básicas a famílias afectadas pela tempestade Erin.

Segundo Fátima Balbina, com a recente passagem da tempestade, o número de pessoas que precisam de apoio em São Vicente “aumentou drasticamente”, pelo que as ajudas foram direccionadas a famílias de várias zonas da ilha.

“Já ultrapassamos 600 cestas básicas. Distribuímos mais de 30 colchões, camas, beliches, fogões, panelas, toalhas, lençóis, materiais escolares, de higiene e de limpeza. Temos feito uma distribuição estrondosa, porque também recebemos donativos que, de longe, superaram as nossas expectativas”, declarou.

O apoio emergencial às famílias, acrescentou a mesma fonte, aconteceu graças a parceiros nacionais e internacionais, bem como à comunidade cabo-verdiana na diáspora, que tem apoiado constantemente os projectos sociais da OMCV.

Conforme a responsável, os donativos vieram sobretudo de associações em Portugal, nomeadamente da “Turn On Success” e da “Tartaruguinhas pela Diferença”, além de contribuições oriundas dos Países Baixos, Luxemburgo e Estados Unidos da América (EUA).

“Estamos felizes por poder ajudar outras pessoas. Também sentimos uma gratidão enorme para com os nossos parceiros, principalmente jovens, do Luxemburgo, dos EUA, de Portugal e, especialmente, aqui em São Vicente, porque as primeiras ajudas locais começaram a chegar à OMCV na manhã do dia seguinte à tempestade”, informou.

A mesma fonte acrescentou que logo após o fenómeno recebeu um cheque de 200 contos de uma instituição local, além de outros donativos e iniciativas individuais para apoiar as famílias.

Segundo Fátima Balbina, desde a pandemia da covid-19 até à presente data, a OMCV em São Vicente tem apoiado várias famílias, o que trouxe uma responsabilidade acrescida à instituição, superando a filosofia para a qual foi criada.

Além disso, explicou, as pessoas estão a exigir mais do que a instituição pode suportar.

“É como se a OMCV tivesse essa obrigação ou meios financeiros para isso. Mas não temos. Só ajudamos as pessoas se os nossos parceiros nos ajudarem. As pessoas têm de ter discernimento para perceber que apoiamos de acordo com aquilo que está ao nosso alcance”, argumentou.

Em relação aos donativos, Fátima Balbina sublinhou que a entrega dos mesmos “não é feita de forma a expor a fragilidade e a pobreza das pessoas”, razão pela qual, “em vez de mostrar o rosto dos beneficiários”, preferem divulgar apenas as fotos dos donativos, mantendo “a ética que sempre norteou a instituição”.

“De acordo com os nossos princípios, é humilhante tirar fotos das pessoas e expô-las nas redes sociais. Por isso, não divulgamos fotos, mas mostramos aos parceiros para comprovarem que o apoio está a ser entregue a quem realmente precisa”, finalizou.

CD/AA

Inforpress/Fim