Mindelo, 05 Nov (Inforpress) – O primeiro-ministro reforçou hoje, no Mindelo, a necessidade de haver recursos humanos qualificados para que o País possa falar de uma economia marítima capaz de o alavancar e tornar numa plataforma neste sector.
“Não podemos falar de economia do mar sem esta componente de recursos humanos qualificados, que estejam à altura, quer a nível da formação profissional, que tem também saídas muito interessantes, quer a nível da formação superior”, considerou Ulisses Correia e Silva, na saída da visita ao Centro de Simulação Marítima do Instituto Superior de Engenharias e Ciências Marítimas (Isecmar).
O centro, construído em 2014 e que foi reinaugurado em Julho último após actualizações, representa, sustentou, um “investimento reforçado” para fazer face a “exigências tecnológicas muito fortes” e acompanhar os avanços a nível mundial.
“Em segundo lugar, é um investimento importante para suporte à formação de marinheiros, oficiais, que têm depois a possibilidade muito grande de marcar, quer dizer, de trabalharem quer em Cabo Verde, quer em qualquer parte do mundo”, realçou.
Outro dos objectivos da remodelação do centro de simuladores foi, conforme a mesma fonte, posicionar Cabo Verde como uma plataforma, tanto para formar quadros nacionais, como também receber profissionais de todas as partes do mundo.
E para isso foram adicionados à estrutura novos equipamentos, que servem de referência tanto na Europa, como na sub-região africana, com a pretensão de atingir o mercado lusófono, mas também o da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Ulisses Correia e Silva destacou este último como um dos objectivos a prazo, mas que obrigará Cabo Verde a propor cursos ministrados na língua inglesa.
A actualização do Simulador, coordenado pela Escola do Mar (EMar), em parceria com a Universidade do Atlântico (UTA), foi financiada pelo Banco Mundial e pelo Ministério do Mar, através do Fundo Autónomo para Desenvolvimento e Segurança dos Transportes Marítimos, num total de 65 mil contos.
O investimento, conforme avançou à imprensa a presidente da EMar, Liliane Pimenta, já se está a traduzir no incremento de alunos, 140 no momento, distribuídos pelos cursos de marinheiro, motorista, serralheria de estruturas metálicas e montagem industrial de máquinas marítimas.
Por outro lado, ajuntou, tem permitido a oferta de cursos profissionalizantes e também superiores e ainda a actualização dos marítimos cabo-verdianos que trabalham no exterior.
LN/ZS
Inforpress/Fim
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