Mindelo, 16 Out (Inforpress) - O cineasta e artista multidisciplinar cabo-verdiano Leão Lopes participa na terceira edição dos Encontros do Património Audiovisual, que decorre em Maputo (Moçambique), de 27 a 31, integrando o painel “O Papel do Audiovisual nas Independências dos PALOP”.
Em nota à imprensa, a organização do evento confirmou que o reconhecido criador cabo-verdiano, autor da primeira longa-metragem “Ilhéu de Contenda”, leva a sua vasta experiência para um dos debates centrais do encontro, que reúne especialistas de Alemanha, Angola, Brasil, Cabo Verde, Cuba, Estados Unidos, França, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal.
Leão Lopes, licenciado em Pintura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e doutorado pela Universidade de Rennes II, em França, acumula, segundo a mesma fonte, “uma notável trajectória”, como reitor e professor do Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura (M_EIA) no Mindelo, tendo também exercido funções como deputado, ministro da Cultura e da Comunicação, e membro do Conselho da Presidência da República.
A programação do evento, organizado pela Associação dos Amigos do Museu do Cinema em Moçambique (AAMCM), inclui mostras de cinema, exposições, lançamento de livros e debates distribuídos pelo Cine-Teatro Scala, Centro Cultural Franco-Moçambicano e Centro Cultural Português.
Os debates decorrerão em formato híbrido, presencial e online, constituindo “um espaço de intercâmbio de ideias e investigação em torno do património audiovisual, com especial atenção para o papel do cinema na construção da memória das independências africanas”, explicou Diana Manhiça, da AAMCM.
O evento contempla ainda uma exposição que revisita a história do cinema moçambicano, com destaque para a celebração dos 40 anos do filme “O Tempo dos Leopardos”.
Entre outros momentos mais aguardados, está o debate sobre “O poder do cinema na propaganda política: uma análise de Kuxa Kanema e Noticieros, Moçambique e Cuba”, que contará com especialistas de Cuba, França, Portugal e Brasil.
O evento inclui ainda a apresentação de livros de investigadoras como Raquel Schefer, Maria do Carmo Piçarra, Rosa Cabecinhas e Michelle Sales, bem como workshops com a cineasta sérvia Mila Turajlic e a brasileira Rosana Miziara.
A iniciativa é financiada pela Fundação Calouste Gulbenkian e apoiada pelo Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), pela Embaixada de França, através do programa FEF Création África, e pelo Institut Français, através do programa AOCA, e conta com o apoio institucional do Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas de Moçambique.
LN/ZS
Inforpress/Fim
Partilhar