
Mindelo, 05 Nov (Inforpress) – A Fazenda do Camarão, situada no Calhau, em São Vicente, contabilizou cerca de 50 mil contos de prejuízos derivados de estragos causados pela tempestade Erin no dia 11 de Agosto último, e agora passa por dificuldades.
A informação foi avançada à imprensa pelo sócio-gerente, Nelson Atanásio, durante a visita do Presidente da República à infra-estrutura na terça-feira, 04.
Segundo a mesma fonte, os estragos incidem sobre cercas de protecção, viveiros, perdas de camarões, que seriam vendidos no festival Baía das Gatas, estragos nos painéis solares e geradores eólicos.
“Foi um prejuízo enorme”, sublinhou Nelson Atanásio, adiantando que a informação já foi comunicada ao Governo e que lhes deu um subsídio a fundo perdido, o qual agradece.
Por outro lado, o sócio-gerente da Fazenda do Camarão reiterou a abertura da empresa em receber instituições universitárias para oportunidades de investigação aos estudantes.
“Sempre dissemos que estamos abertos a assinar o protocolo com as universidades para colocarem uma célula aqui, capaz de investigar o que estamos a fazer e também nos ajudar cientificamente”, sustentou Nelson Atanásio, que disse haver “uma grande falha” neste quesito.
Isto porque, acrescentou, a actividade de produção de camarão em aquacultura, “pode ser muito rentável para a indústria cabo-verdiana e para a exportação”.
Referindo-se à situação da fazenda, o Presidente da República, José Maria Neves, considerou ser o financiamento “um grande constrangimento” para o desenvolvimento empresarial e crescimento da economia cabo-verdiana.
A questão atinge, assegurou, não só São Vicente, mas todas as ilhas.
“É uma questão que precisa ser analisada de forma mais fina, juntamente com as instituições financeiras internacionais, de modo a encontrarmos a melhor solução para o financiamento de empresas em pequenas economias, como é o caso de Cabo verde”, advertiu.
José Maria Neves garantiu que, como chefe de Estado, vai continuar a discutir o assunto com o Governo.
Admitiu ainda que já foram tomadas muitas medidas, mas os constrangimentos e bloqueios “precisam ser gradualmente removidos”.
LN/ZS
Inforpress/Fim
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