São Vicente: Camionistas voltam a pedir alternativas para extração de areia

Inicio | Ambiente
São Vicente: Camionistas voltam a pedir alternativas para extração de areia
06/12/25 - 03:52 pm

Mindelo, 06 Dez (Inforpress) – Os camionistas de São Vicente repetiram hoje o pedido para as autoridades procurarem alternativas para a extração de areia, que tem sido “bem difícil” na ilha, a ponto de dificultar o ganha pão e honrar as responsabilidades.

O apelo foi feito à Inforpress pelo porta-voz de cerca de 20 camionistas que estão a passar pela mesma situação, segundo José João do Rosário.

O grupo decidiu hoje bloquear a passagem de pessoas que estavam a retirar areia da zona de Norte de Baía, para colocar na praia da Laginha, que recebe na próxima semana uma etapa do circuito mundial de voleibol de praia.

Conforme a mesma fonte, adotaram essa atitude porque a eles foi autorizado a apanha de areia somente na zona de “Salgadin” (Salamansa), depois de, em Fevereiro deste ano, se depararem com o mesmo problema de falta do inerte, no Lazareto.

Entretanto, segundo José João do Rosário, neste momento enfrentam o mesmo problema em Salgadin, que “não tem mais areia”.

Constrangimento que está a afectar o ganha pão dos camionistas e o próprio fornecimento a empresas de construção civil de São Vicente, segundo a mesma fonte.

“Mas se a câmara autoriza que outras pessoas tirem areia de Norte de Baía, porque é que nós não podemos” questionou o porta-voz, ao acusar a edilidade de “ceder para certas pessoas, enquanto outras, nada”.

Daí, o apelo para que as autoridades resolvam o impasse, já que, conforme a mesma fonte, os camionistas também têm responsabilidades, como no seu caso, com pagamento de renda e ainda empréstimo para a compra do seu carro.

O bloqueio que fizeram em Norte de Baía já foi desmobilizado, devido à intervenção da Polícia Nacional, mas José do Rosário espera agora que haja uma intervenção “o mais breve possível” a favor da classe, que já interpelou também a Delegação do Ministério de Agricultura e Ambiente, mas “ainda sem respostas”.

Confrontado pela Inforpress, o vereador do Ambiente, José Carlos da Luz, assegurou que a questão de extração de inertes “não tem nada a ver com a câmara municipal”, mas sim é da “exclusiva responsabilidade” da Direcção Nacional do Ambiente, com quem a reportagem não conseguiu estabelecer comunicação.

LN/AA

Inforpress/Fim

Partilhar