
Ribeira Brava, 25 Nov (Inforpress) – Doze psicólogos e agentes comunitários da ilha de São Nicolau participam de uma formação com objectivo de os capacitar sobre técnicas e competências para aplicar primeiros socorros psicológicos nas comunidades e nas escolas.
A formação é promovida pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e enquadra-se no Plano Estratégico Nacional de Saúde Mental (PENSM 2021–2025) e tem como objectivo prioritário dotar os agentes de competências para responder a situações de sofrimento emocional.
Em entrevista à Inforpress, a formadora Marilda Fortes destacou a importância da formação em Primeiros Socorros Psicológicos (PSP), que está a ser ministrada durante três dias a psicólogos educacionais e líderes comunitários, com o objectivo de reforçar a capacidade de resposta imediata em situações de crise emocional.
Segundo explicou, a formação visa dotar os participantes de técnicas e competências essenciais para aplicar primeiros socorros psicológicos nas escolas e comunidades, onde o contacto com crianças, adolescentes e adultos em situação de vulnerabilidade é mais próximo e frequente.
“Se não aplicarmos técnicas de primeiros socorros psicológicos, não conseguimos acolher a pessoa emocionalmente, e muitas vezes ela acaba por necessitar de um atendimento muito mais especializado”, afirmou.
Ao longo das sessões, os formandos abordam temas como os princípios fundamentais dos PSP, técnicas de estabilização emocional, identificação de pessoas que necessitam de apoio imediato e estratégias adequadas para prestar esse auxílio. A formação inclui ainda orientações sobre autocuidado, especialmente dirigidas aos agentes de PSP, para garantir que também eles protegem a própria saúde mental.
Marilda Fortes sublinhou ainda que os Primeiros Socorros Psicológicos não são uma prática exclusiva de psicólogos, pelo contrário, representam um conjunto de competências que podem ser aplicadas por qualquer agente devidamente formado, incluindo líderes comunitários, que têm contacto directo com situações de sofrimento emocional.
A iniciativa pretende, assim, fortalecer a rede de apoio comunitário, assegurando que mais pessoas estejam preparadas para oferecer suporte emocional eficaz em contextos de crise.
WM/ZS
Inforpress/Fim
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