Santo Antão/Planalto Leste: Perímetro florestal volta a registar um incêndio cinco anos depois

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Santo Antão/Planalto Leste: Perímetro florestal volta a registar um incêndio cinco anos depois
30/01/24 - 08:47 pm

Porto Novo, 30 Jan (Inforpress) – O perímetro do Planalto Leste, em Santo Antão, voltou, esta segunda-feira à noite, a registar um fogo florestal, cinco anos depois do último incêndio nessa reserva florestal, informaram hoje os serviços da protecção civil.

O comandante do Corpo dos Bombeiros Voluntários do Porto Novo, Balbino Gomes, disse à Inforpress que o incêndio ocorreu por volta das 20:00 em Esponjeiro/Lim (Ninho) de Corvo e graças ao apoio dos moradores “as chamas foram controladas imediatamente”.

Tratou-se, por isso, de “um pequeno incêndio” que consumiu uma pequena área da floresta e cuja origem se desconhece ainda, avançou este responsável, destacando o apoio que os bombeiros voluntários receberam da população no controlo das chamas no momento em que deflagraram.

O Planalto Leste não registava fogos florestais desde 2018, quando deflagrou nesse perímetro um incêndio de grandes proporções, o maior até agora registado em Santo Antão, que consumiu 200 hectares da floresta e terrenos agrícolas.

Na sequência, o perímetro florestal foi alvo de um plano de recuperação, orçado em 30 mil contos, que incidiu, além de acções de conservação de solos e água, também na reposição das plantas consumidas pelo incêndio, na limpeza da floresta e na sensibilização das populações.

As investigações levadas a cabo pelas autoridades policiais concluíram que as chamas, que destruíram 13 por cento (%) desta floresta, tiveram mão criminosa, tendo o autor do incêndio, um indivíduo de 29 anos, natural de Água das Caldeiras, no Planalto Leste, sido condenado a oito anos de prisão.

Criada há mais de 150 anos, a floresta do Planalto Leste, com 1.600 hectares de extensão, foi declarada reserva florestal em 1990.

O perímetro alberga “uma boa parte” do parque natural de Cova/Paúl/Ribeira da Torre, com uma área de 2.092 hectares, considerado o maior centro de biodiversidade de plantas endémicas em Cabo Verde, com 36 espécies.

JM/ZS

Inforpress/Fim

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