Ribeira Grande, 26 Abr (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Santo Antão, Orlando Delgado, garantiu hoje que as obras das pocilgas da ribeira de Barbasco vão iniciar-se nos “próximos dias”.
O autarca respondia a uma questão colocada durante o período antes da ordem-do-dia, na sessão ordinária da Assembleia Municipal, relativamente ao ponto de situação das obras das pocilgas da ribeira de Barbasco e de como iriam fazer a deslocalização da pocilga de Boca de Pinhão, tendo em conta que muitos dos criadores disseram que não irão utilizar as pocilgas da ribeira de Barbasco.
Na resposta, Orlando Delgado foi categórico e afirmou que “quer as pessoas estiverem ou não interessadas” vão deixar de criar animais em Boca de Pinhão.
“É um esforço que estamos a fazer, lançamos o concurso, já selecionamos a empresa, que é A3 engenharia e as obras vão custar aos cofres da câmara 21 mil contos", esclareceu.
Um investimento que, segundo Orlando Delgado, irá complementar uma fossa, sistema de deposito de água para que as pessoas possam fazerem a limpeza das pocilgas.
A mesma fonte acentuou que se trata de um trabalho "sério" e que os criadores terão de fazer a parte deles, que é criar as condições em termos de transporte, desde Povoação até a zona da ribeira de Barbasco, de forma a continuarem a criarem os seus animais.
Segundo Orlando Delgado, a edilidade está a fazer esse “esforço” porque tem a “plena consciência” que a criação de animal ainda é um complemento do orçamento familiar.
“Muita gente, chefes de família ainda criam um porco para poder comprar uniforme para os filhos, medicamentos, pagar energia, de entre outros, ou seja, por isso estamos a fazer esse esforço para fazer esse grande investimento e a obra vai iniciar nos próximos dias”, garantiu.
Em 2017, a Câmara Municipal da Ribeira Grande já tinha em andamento o processo de deslocalização da pocilga de Boca-de-Pinhão e apoiou os proprietários dos chiqueiros desse local na construção de uma nova pocilga na ribeira de Barbasco.
Boca-de-Pinhão é o local onde muitas pessoas despedem-se dos seus entre queridos e, por isso, ocorrem pequenas cerimónias fúnebres antes do sepultamento no Alto de São Miguel, e o mau-cheiro que exala dessa pocilga afecta as pessoas.
Os habitantes da zona de Pinhão há muitos anos têm reivindicado a deslocalização dessa pocilga, pois vêm obrigados a inalar o fedor dos chiqueiros, quando sobem, a pé sobretudo, a íngreme subida que dá acesso à localidade.
A decisão de deslocalizar essa pocilga é irreversível, tendo em conta que se trata de uma deliberação da Assembleia Municipal da Ribeira Grande, tomada por unanimidade, e vai melhorar a imagem da cidade da Ribeira Grande, já que Boca-de-Pinhão é uma das portas de entrada da cidade.
Esta solução deverá servir, também, a população de Sinagoga, onde, segundo os responsáveis municipais, também já se sente o incómodo provocado pelos chiqueiros existentes dentro daquela localidade e arredores.
LFS/JMV
Inforpress/fim
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