Santo Antão: Parque natural Cova/Paul/Ribeira da Torre apontado como "potencial candidato" aos SIPAM

Inicio | Ambiente
Santo Antão: Parque natural Cova/Paul/Ribeira da Torre apontado como "potencial candidato" aos SIPAM
07/06/25 - 10:57 am

Porto Novo, 07 Jun (Inforpress) – O parque natural de Cova/Paul/Ribeira da Torre, na ilha de Santo Antão, é apontado “como potencial candidato" aos Sistemas Importantes do Património Agrícola Mundial (SIPAM), informou hoje o Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde (ONUCV).  

Através da sua página na rede social “facebook”, a ONUCV admitiu que este parque natural, com “os seus terraços atlânticos” onde predomina o milho, o feijão, a cana-de-açúcar, a banana e os tubérculos, reúne as condições para uma eventual candidatura aos SIPAM.

A ideia de Cabo Verde concorrer aos SIPAM, promovidos pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), foi lançada em 2018, “intenção entretanto refreada com a pandemia da covid-19”, avançou a mesma fonte, realçando o facto de este dossier estar agora a ser retomado no âmbito do projecto “Terras Vivas”.

Este projecto, co-financiado pela União Europeia e co-financiado pela FAO, está a ser implementado pela Associação dos Amigos da Natureza, o Centro de Estudos Rurais e Agricultura Internacional (CERAI), a Associação para a Cooperação e o Desenvolvimento, a Associação dos Municípios de Santo Antão, a Universidade Técnica do Atlântico e o Ministério da Agricultura e Ambiente.

O mesmo projecto, que visa contribuir para uma gestão sustentável dos recursos naturais e a melhoria das condições de vida das pessoas em Santo Antão, promoveu, esta semana, no Paul, um ateliê sobre os SIPAM visando preparar a candidatura desta ilha a este reconhecimento internacional.

O parque natural de Cova/Paul/Ribeira da Torre, considerado o maior centro de biodiversidade de plantas endémicas em Cabo Verde, recebeu, em 2019, o prémio internacional Melina Mercouri, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), para a salvaguarda e gestão de paisagens culturais.

Nessa altura, o Governo informou que este galardão poderia abrir a “possibilidade” de esta área protegida ser classificada como património da humanidade.

Os SIPAM são paisagens que combinam a biodiversidade agrícola com ecossistemas resilientes e património cultural valioso, estando localizados em lugares específicos do mundo, onde fornecem múltiplos bens e serviços sustentáveis, alimentos e meios seguros de subsistência para milhões de pequenos agricultores.

No mundo, há 95 SIPAM, em 28 países, sendo que apenas quatro são pertencentes a três países lusófonos (Portugal, Brasil e São Tomé e Príncipe).

Em África existem quatro SIPAM em 3 países (dois na Tanzânia, um no Quénia e um em São Tomé e Príncipe).

JM/HF

Inforpress/Fim 

Partilhar