Assomada, 27 Mai (Inforpress) – A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) destacou hoje os avanços do projecto de conservação florestal na Serra Malagueta que apresenta resultados expressivos na recuperação ambiental e no fortalecimento das comunidades locais.
A avaliação foi feita pela gestora dos projectos comunitários da FAO, Maria Ruiz Villar, durante uma visita de campo realizada ao parque, enquadrada no workshop “Intercâmbio de conhecimento sul-sul sobre floresta comunitária: da África Ocidental para o mundo”.
Maria Ruiz Villar ressaltou a importância de envolver as comunidades na preservação das florestas, enfatizando que “quando as comunidades trabalham com as florestas, elas podem recuperar áreas degradadas e criar actividades económicas sustentáveis, beneficiando a todos”, reforçando que todos saem a ganhar.
Ela destacou ainda que a conservação ambiental não pode ser pensada sem a inclusão social, reforçando que “as comunidades são essenciais para garantir a saúde das florestas e o desenvolvimento sustentável das regiões”.
Maria Ruiz Villar ressaltou que a ideia é que o projecto na Serra Malagueta possa servir de inspiração para outras regiões do mundo, demonstrando que a preservação ambiental e o desenvolvimento social podem caminhar juntos.
“A expectativa é que os resultados positivos incentivem novas acções de conservação que envolvam activamente as comunidades, promovendo uma convivência harmoniosa entre o meio ambiente e as pessoas”, evidenciou.
Por seu turno, o coordenador local do projecto, José Evaldino Pereira, avaliou positivamente os resultados alcançados, afirmando que as actividades realizadas têm atendido às expectativas e contribuído para a melhoria da qualidade de vida das comunidades.
“O projecto, que já trouxe benefícios concretos para Serra Malagueta, inclui acções de restauração de árvores degradadas, construção de arretos e caldeiras, reflorestamento, além de acções de formação e sensibilização em educação ambiental”, elencou este líder local.
Segundo a mesma fonte, para a implementação do projecto, contaram com o apoio do Parque Natural de Serra Malagueta, cuja colaboração tem sido fundamental na implementação das acções, especialmente no transporte, produção de plantas e suporte técnico.
Igualmente, reforçou que a participação da comunidade é uma das chaves do sucesso, ressaltando que o projecto promove uma interacção directa entre moradores e o meio ambiente, o que gera um impacto duradouro.
Esta transformação, liderada pela comunidade através do projecto da FAO “Restauração de Áreas Degradadas através da Reflorestação e Conservação do Solo e da Água”, tem como objectivos o controlo da erosão, o restauro do solo, os viveiros florestais, a reflorestação e a co-gestão e está sendo implementado em parceria com a Associação dos Amigos para o Desenvolvimento da Comunidade de Serra Malagueta (AADCSM), abrangendo três comunidades principais e 128 beneficiários directos.
O evento que está a ser promovido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em parceria com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a Cooperação Sueca para o Desenvolvimento Internacional (SIDA, sigla em inglês) iniciou na segunda-feira, 26, e vai até quinta-feira, 29, na cidade da Praia.
Reúne especialistas e representantes da África Ocidental para troca de experiências sobre as florestas comunitárias, para fazer um balanço e celebrar as conquistas da floresta comunitária na África Ocidental e pelo mundo, bem como a sua contribuição para os esforços climáticos e o desenvolvimento sustentável dos países.
MC/HF
Inforpress/Fim
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