Assomada, 24 Jun (Inforpress) – O município de Santa Catarina (Santiago) já tem em curso o seu plano de emergência para a época das chuvas de 2024, que tem por base a segurança das populações, sobretudo as das zonas de “maior risco".
O plano, que vai até o final de Outubro, orçado em 9.000 contos, conforme avançou à Inforpress o vereador da Protecção Civil da Câmara Municipal de Santa Catarina, Vladmir Brito, é constituído por três fases, ou seja, antes, durante e após a época das chuvas deste ano.
Limpeza e cobertura de valas de drenagem de água, reposição de estradas, construções de diques e limpeza das encostas das ribeiras, são alguns trabalhos realizados e por realizar ao longo da materialização do plano que vai ao encontro do regional e nacional, e conta com uma equipa multidisciplinar.
O mesmo, acrescentou, vai priorizar as zonas de “maior risco” já identificadas como Boa Entrada, centro da cidade de Assomada e Nhagar, Banana Semedo, Engenhos, Mato Sanches, Ribeira da Barca, Rincão e Serra Malagueta.
Em declarações à Inforpress, Vladmir Brito garantiu que em caso de derrocadas, quedas de árvores ou outras catástrofes, a edilidade vai apoiar as famílias afectadas.
Tendo em conta, que Santa Catarina é o município que teve maior número de incêndios em 2023, de acordo com os dados do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB), o autarca aconselhou os agricultores a não fazerem a limpeza dos terrenos de cultivo, recorrendo à prática de queimadas, tendo alertado que esta técnica tem provocado incêndios.
É que, conforme sustentou, apesar da facilidade da utilização desta técnica, a mesma tem resultado em incêndios que, consequentemente, causam danos e diminuem a fertilidade dos solos.
Relativamente às sementes, informou que a equipa liderada por Jassira Monteiro está em contacto com a delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente para apoiar os agricultores que vão precisar das sementes.
Em Santiago Norte, numa ronda feita por alguns municípios, a Inforpress constatou que a maioria dos camponeses já fez a limpeza dos seus campos, recorrendo ainda à prática de queimadas, não obstante o alerta dado pelas autarquias e delegações do Ministério da Agricultura e Ambiente.
Entretanto, a maioria dos homens do campo está a aguardar pela queda das chuvas para jogar sementes à terra.
FM/HF
Inforpress/Fim
Partilhar