Assomada, 19 Mar (Inforpress) - Andreia Monteiro, formada em enfermagem, disse hoje que decidiu deixar a carreira de enfermeira após três anos de actividade para abraçar projecto próprio na área de educação de infância, onde tem emprego próprio e emprega mais três jovens.
A jovem empreendedora, de 30 anos, que falava à Inforpress a propósito de Março mês da mulher, notou que a aposta em negócio próprio é “uma mais-valia” tanto para ela como para outros jovens, tendo em conta que havia carência de espaços para acolher crianças dos zero aos quatro anos e dos quatro aos seis anos no concelho.
Por ter espaço próprio, disse que não hesitou e apostou na abertura de uma creche e jardim infantil legalmente em 2021, tendo reconhecido que encontrou desafios no início e que hoje já foram ultrapassados, graças à aposta na qualidade dos serviços que presta.
Aliás, segundo ela, a aposta na qualidade fez com que aumentasse o número de crianças e por causa disso já perspectiva um aumento de procura para o ano lectivo 2024/2025.
Para dar vazão a este crescimento, indicou que a aposta vai passar pela aposta em parcerias com instituições ligadas ao sector e que trabalham com pessoas vulneráveis, nomeadamente o Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), o Ministério da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social (MFDIS) e a Fundação Cabo-verdiana de Acção Social e Escolar (FICASE).
Daí, disse acreditar que se conseguir firmar tais parcerias com estas instituições, vai continuar a fazer a sua parte no âmbito da sua responsabilidade social e os parceiros a sua, visando ajudar os pais mais vulneráveis no pagamento das mensalidades e refeição quente das crianças.
“O nosso objectivo é que nenhuma criança fique de fora, para que os pais possam ter mais tempo de organizarem a sua vida (...)”, acrescentou a mãe de dois filhos, que se mostrou orgulhosa da trajectória feita no ramo da educação de infância.
“As vezes é necessário apostar em outras áreas que não sejam a da nossa formação. Já trabalhei [durante três anos] como enfermeira, numa instituição social, mas, vi oportunidade numa outra área, educação de infância, que hoje é meu ganha-pão”, disse, pedindo às mulheres para serem “batalhadoras e criativas” e aos formados para não ficarem à espera de um emprego na sua área de formação, mas, para “empreenderem”.
Na ocasião, a entrevistada da Inforpress adiantou que além da área da educação de infância, numa segunda fase almeja abrir uma loja para venda de produtos para e crianças, e ainda ampliar mais o ramo de negócios.
MC/JMV
Inforpress/Fim
Partilhar