Cidade da Praia, 24 Jun (Inforpress) - Técnicos de instituições públicas, a nível nacional, iniciaram hoje uma formação de dois dias em matéria de mudanças climáticas, no âmbito do projecto “Quarta Comunicação Nacional (4CN), e Primeiro Relatório Bienal Actualizado (1BUR).
Esta acção de formação cujo projecto é financiado pelo GEF e executado pela Direcção Nacional do Ambiente, no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, tem como propósito aumentar o conhecimento sobre as mudanças climáticas em todos os domínios, nacional e local, a nível da mitigação ou adaptação.
Referindo que Cabo Verde ambiciona construir a resiliência climática até 2030, a directora nacional do Ambiente, Ethel Rodrigues, que presidiu à abertura desta formação realçou os vários projectos em curso que visam aumentar o conhecimento e literacia climática em todos os sectores.
“O Governo tem uma política, objectivo definido e metas traçadas para que, efectivamente, consigamos alcançar a resiliência climática em 2030, como também a neutralidade carbónica em 2050”, realçou aquela responsável, sublinhando que hoje, cada vez mais, há que alinhar as acções às questões das mudanças climáticas.
“Não só as actividades dos sectores, porém, o planeamento e o orçamento deverão ser também focados e desenhados por forma a responder àquilo que são as exigências relativamente às mudanças climáticas, mitigando e adaptando aos efeitos das alterações climáticas”, sintetizou.
Por seu lado, a formadora Joana da Silva explicou que, ao longo desses dois dias, o objectivo é consolidar uma base de conhecimentos, partindo de um contexto internacional até a um contexto nacional e local, estribados em quatro módulos temáticos.
Assim, a Ciência e os conceitos relativos às mudanças climáticas; O processo internacional - os acordos no âmbito da convenção quadro sobre as mudanças climáticas e o acordo de Paris; como é que Cabo Verde se posiciona nesse espaço e nessa esfera internacional; Instrumentos e estratégias nacionais – aprofundar os principais compromissos que Cabo Verde já assumiu e tem vindo a assumir são, de entre outras, matérias a serem desenvolvidas, associadas à dinâmica do trabalho em grupo.
“A acção climática não é um exclusivo de alguns actores, do Estado, ou do sector privado… é de facto uma exigência, um desafio que se coloca hoje em dia a todos, aos cidadãos, às crianças, aos jovens, às pessoas de todas as gerações, a todos os segmentos da sociedade e sectores da economia”, enfatizou, esperando que esses dois dias de formação sejam “muito produtivos”.
Conforme uma nota explicativa, o processo de preparação da 4CN e 1BUR permite dar continuidade ao diálogo, troca de informação e parcerias entre as partes interessadas, incluindo o Governo, a sociedade civil, a academia, o sector privado e os parceiros internacionais de desenvolvimento, para integrar as prioridades das mudanças climáticas nas estratégias de desenvolvimento nacional e nas políticas sectoriais relevantes.
Nesta base, até o final do ano, estão igualmente programadas formações idênticas dirigidas a outros grupos alvos, nomeadamente organizações da sociedade civil, sector privado e jornalistas, com a mesma finalidade.
SC/ZS
Inforpress/Fim
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