Cidade da Praia, 15 Out (Inforpress) – A presidente do Congresso de Quadros Cabo-verdianos, Maria Silva, afirmou hoje que os quadros cabo-verdianos querem celebrar a sua resiliência e capacidade de superação de um povo que transformou a mobilidade em força.
“É neste encontro de saberes e experiências que reside o verdadeiro motor do desenvolvimento sustentável das nossas ilhas, as mais belas do mundo. Porque nelas habitam os nossos afectos, as nossas origens e o nosso futuro”, acrescentou a mesma fonte, na abertura do Congresso Internacional de Quadros Cabo-verdianos, que decorre de hoje até sexta-feira (15, 16 e 17), na cidade da Praia.
O Congresso, a decorrer sob o lema “Um Diálogo entre o País e a Diáspora”, deve, segundo Maria Silva, unir, congregar, convergir e alinhar o país com a sua diáspora espalhada por mais de 42 países em todo o mundo.
Tudo isso, para a presidente do congresso é grandioso já que o país e a sua diáspora celebram os 50 anos da independência nacional, um motivo para revisitar a história e projectar o futuro que deve ser construído com todos os que permanecem nas ilhas e com os que, pela força da vida, partiram, mas nunca deixaram de ser parte da terra que os viu nascer.
“A diáspora cabo-verdiana é uma das expressões mais grandiosas da nossa identidade. Um activo humano, social, económico, cultural, de valor estratégico que se está em expansão pelo mundo. É o prolongamento da nossa nação no mundo, uma verdadeira força de desenvolvimento transnacional, inclusive para os países de acolhimento”, destacou.
Maria Silva, que considera que cada migrante é um embaixador da sua identidade, é de opinião que Cabo Verde precisa de todos os seus filhos e filhas, da energia criativa da juventude, da sabedoria, da experiência e da força das comunidades espalhadas pelo mundo para atingir o desenvolvimento sustentável inclusivo e partilhado.
“Este Congresso estrutura-se em três grandes painéis temáticos, cultura e identidade no mundo, onde reflectiremos sobre como a cabo-verdianidade se manifesta nas comunidades e se afirma através da língua, da música, da literatura, do desporto, da gastronomia e das tradições”, assegurou, para acentuar que a cultura é o elo invisível que mantém unidos os cabo-verdianos permitindo que sejam cidadãos do mundo.
Por sua vez o vice-reitor da Uni-CV, Jorge Tavares, atribuiu ao congresso um significado particular por acontecer no ano em que o país celebra 50 anos de independência nacional e por renovar compromissos com liberdade, a justiça, o progresso e, acima de tudo, com o ideal de uma nação global, inclusiva e solidária, onde os filhos e as filhas da diáspora desempenham um papel central.
“É precisamente esta união, esse elo vital entre os cabo-verdianos residentes e os que, espalhados pelo mundo, continuam a honrar o nome do nosso país, que inspira e fortalece o nosso caminho colectivo”, considerou.
Essa mesma força conjunta, ajuntou, pode ser sentida de “forma vibrante” com a conquista histórica dos tubarões azuis, que nos levam, pela primeira vez, a uma final da Copa do Mundo.
Como representante da Uni-CV, defendeu que a cooperação com a diáspora é uma dimensão estratégica da missão universitária que participa numa rede de projetcos internacionais, muitos deles co- financiados por parceiros de prestígio.
PC/ZS
Inforpress/Fim
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