Cidade Velha, 25 Jun (Inforpress) – O ministro da Juventude e Desporto, Carlos Monteiro, apelou hoje aos jovens a apostarem nas novas tecnologias para poderem ajudar os governos dos seus países a combaterem as desigualdades sociais e a promoverem os direitos humanos.
Carlos Monteiro fez este apelo durante a “IX edição da Universidade Africana da Juventude e Desenvolvimento”, sob o lema “Pela cultura e os Direitos Humanos e do Estado de Direito” que está a decorrer na Cidade Velha, contando com a participação de jovens de 30 países diferentes.
Aquele governante chamou a atenção dos jovens que estão a participar naquele evento, a pensarem e a delinearem os métodos e ferramentas, baseados em inteligência artificial que disse ser já “incontornável do presente e do futuro”, venha a ajudar na diminuição do fosso entre os mais ricos e os mais pobres e com isso aproximar todos os povos no acesso às oportunidades, contribuindo assim para “um mundo mais prospero” e também “mais justo”, respeitando sempre os direitos humanos.
Carlos Monteiro manifestou o seu desejo de que este evento proporcione muita troca de experiências e que, no fim, venham a sair muitos subsídios que servirão aos governos e às instituições internacionais para serem colocados em prática no presente e no futuro, uma vez que defendeu ser este o momento dos jovens serem o motor da mudança e da transformação que se quer nos valores dos direitos humanos, da paz e da soberania.
Para o titular da pasta da juventude, cabe a juventude africana e asiático esta missão, pelo que considerou ser este um objecto de discussão durante o evento, aliás frisou que a voz dos jovens já serve para transformar não só o futuro, mas também as decisões políticas do presente. Neste sentido aproveitou a ocasião para reiterar ao representante da União Europeia em Cabo Verde, ao Centro Norte-Sul do conselho da Europa a continuidade do engajamento de Cabo Verde na realização dos próximos eventos.
“A Universidade da Juventude já vem sendo realizado há quinze anos em Cabo Verde e há dois retomou-se, o que demonstra a importância que o Governo atribui a fóruns, momentos em que a juventude de vários países e aqui estamos a falar de possivelmente três continentes para estarem juntos e para darem os seus contributos e subsídios para aquilo que acreditam dever ser já hoje, o tratamento que se deve dar às questões da igualdade, desenvolvimento, aos valores da paz, soberania, bem como do Estado de direito democrático e dos direitos humanos”, precisou.
Por seu lado, a embaixadora da União Europeia em Cabo Verde, Carla Grijó, expressou o seu voto para que este evento venha despertar o valor pelo conhecimento e a curiosidade pelos outros, uma vez que se está a viver momentos conturbados e sendo a camada jovem a ocupar um quarto da população mundial e sendo a África o continente mais jovem do mundo, pelo que a EU encarra isso como motor de mudança necessário para se enfrentar desafios.
Apontou como exemplo, a transição digital e as alterações climáticas e disse que estão a contar com a força e capacidade da juventude, com vista a se transformar o actual cenário social e que o futuro venha a ser mais sustentável.
Carla Grijó aproveitou a ocasião para convidar os jovens a conhecerem os trabalhos que a EU está a desenvolver em Cabo Verde, principalmente no domínio da cultura, apontado o filme “Pirinha”, que, segundo avançou, é mais do que um filme, mas sim um combate à violação dos direitos das crianças e, na sua opinião, ninguém deve ficar indiferente.
O acto de abertura foi presidido pelo edil da Ribeira Grande de Santiago, Nelson Morreira.
WN/HF
Inforpress/Fim
Partilhar