Cidade da Praia, 14 Out (Inforpress) – O secretário de Estado da Economia Digital de Cabo Verde afirmou hoje que o futuro das relações públicas em Cabo Verde será uma combinação de estratégias digitais e com um foco forte em humanidade e inclusão.
Pedro Lopes fez essas declarações na abertura do II Congresso Nacional de Relações Públicas, na manhã de hoje, na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), tendo afirmado que a inteligência artificial, quando usada de forma “ética e estratégica”, pode ajudar a construir “uma sociedade mais conectada, informada e resiliente”.
A mesma fonte disse ainda que embora a comunicação seja fundamental funcionando como “um pilar da transformação digital” há uma necessidade crescente de se reconhecer o papel das relações públicas num mundo “completamente globalizado e digitalizado”.
Nesse contexto, ressaltou que as relações públicas se tornam “cruciais” para construir pontes entre organizações, governos e cidadãos.
Além disso, destacou que a inteligência artificial está a revolucionar a comunicação, permitindo maior personalização, análise de dados em tempo real e interações mais eficazes.
“(…) Com a Inteligência Artificial, as fronteiras da comunicação tradicional estão a ser desafiadas, criando oportunidades para a personalização de mensagens, que foi aqui falado, a customização, análise de dados em tempo real e uma interação mais eficaz com os públicos-alvo (…)”, reiterou.
Referiu ainda que em Cabo Verde está-se a implementar iniciativas de capacitação digital, com incentivos ao empreendedorismo tecnológico para garantir que o país esteja preparado para estas mudanças.
Segundo o governante, em Cabo Verde, não apenas na política, mas também nas grandes empresas e marcas, as relações públicas são indispensáveis.
Enfatizou, por outro lado, que qualquer instituição ou empresa necessita de um técnico de relações públicas para garantir uma comunicação estratégica e eficaz.
Afirmou ainda que à medida que o país se desenvolve a prática da “padrinhagem” tende a diminuir, pois surge a necessidade de gerar receitas.
“As empresas precisam ser competitivas, contando com os melhores profissionais, que já não são recrutados exclusivamente em Cabo Verde”, salientou.
Conclui reforçando que o Governo está empenhado em criar um ambiente regulatório que promova o uso responsável da inteligência artificial, assegurando transparência, proteção de dados e inclusão.
Destacou ainda que nas relações públicas é essencial aproveitar estas tecnologias para fortalecer a confiança, sempre respeitando os valores humanos e culturais que definem a identidade da nação.
O reitor da Uni-CV, Arlindo Barreto, reforçou sua posição destacando os desafios de integrar a inteligência artificial na saúde, apontando que os cuidados vão além de respostas programadas, envolvendo o calor humano, gestos e outros elementos essenciais nas relações humanas.
O II Congresso Nacional de Relações Públicas, aconteceu sob o lema “Transformando o Cenário de Relações Públicas: O Papel da Inteligência Artificial no Futuro da Comunicação”.
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Inforpress/Fim
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