Santa Catarina: População de Figueira das Naus queixa-se da falta de emprego e de equipamentos públicos

Assomada, 10 Fev (Inforpress) – Os moradores da localidade de Figueira das Naus, em Santa Catarina (Santiago) queixaram-se hoje da falta de emprego, sobretudo para os jovens, e de equipamentos públicos, como um centro comunitário para encontros ou espaço jovem com Internet.

Os populares dessa comunidade, que celebra esta terça-feira, 11 de Fevereiro, a festa da sua santa padroeira, Nossa Senhora de Lourdes, queixaram-se ainda da ausência de um agente sanitário na unidade sanitária de base (USB), de um agente administrativo, e reivindicaram melhoria da iluminação pública e na rede móvel, mais formações e oportunidades para os jovens, entre outros.

Marcos Silva, Maria Veiga e Margarita Martins, que falaram à Inforpress em representação dos moradores, notaram que esta comunidade, que tem a agricultura e pecuária como principais actividades económicas, precisa “urgentemente” desses serviços e bens públicos.

É que, segundo as mesmas fontes, a não resolução destes problemas vai fazer com que os jovens continuem a deixar a localidade, quer para exterior ou outros municípios, e por outro lado, vai pôr em causa os ganhos já alcançados, referindo-se sobretudo à estrada asfaltada.

“Há mais de 15 anos que não recebemos nenhum investimento público, mas temos uma boa estrada asfaltada, placa desportiva, escola, jardim infantil e USB, que carecem de reabilitação e outra dinâmica”, disse o jovem Marcos Silva.

“Se tivéssemos um centro para jovens com computadores, Internet gratuito e TV para vermos partidas de futebol como temos visto em outras localidades e emprego, muitos jovens podiam até emigrar, mas muitos não iam para outros municípios à procura de outras oportunidades”, acrescentou.

A jovem Maria Veiga, com uma irmã com problemas de saúde e Margarita Martins, de 68 anos, pediram a colocação de um agente sanitário ou enfermeiro na USB, tendo em conta que, segundo elas, têm se deslocado para o posto de saúde de Achada Lém por causa de um curativo ou injecção.

Segundo elas, a localidade não tem problema de água, mas, no entanto, é preciso massificar a ligação domiciliária, ajudar as famílias na reabilitação das suas casas, e apoiar os homens do campo.

Assim como Marcos Silva, Maria Veiga e Margarita Martins, outros moradores entrevistados pela Inforpress, que no momento estavam a comprar carne à beira da estrada para o almoço desta terça-feira, depois da missa, dizem esperar que as preocupações e reivindicações sejam atendidas pelos governos central e local, que acusam de terem abandonado quem vive na localidade.

Aliás, conforme insistiram os entrevistados da Inforpress, é por causa das “promessas não cumpridas” e da falta de emprego e oportunidades que muitos jovens já deixaram a localidade e emigraram.

A eucaristia e procissão em honra à santa padroeira, que constituem o “ponto alto” da solenidade, serão celebradas na manhã desta terça-feira, na capela local, que se encontra em obras.

FM/CP

Inforpress/Fim