Promotor de eventos destaca importância dos festivais na sustentabilidade financeira em vários sectores no país

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Promotor de eventos destaca importância dos festivais na sustentabilidade financeira em vários sectores no país
14/01/25 - 03:34 pm

Cidade da Praia 14 Jan (Inforpress) - O promotor de eventos em Cabo Verde, João Miranda, afirmou hoje que os festivais realizados em Cabo Verde são “importantes” porque geram a sustentabilidade financeira em vários sectores que contribuem para o desenvolvimento do país.

João Miranda, que falava em entrevista  à Inforpress sobre os vários festivais e eventos de música que acontecem ao longo do ano em Cabo Verde, explicou que essas actividades quando decorrem num determinado município, zona, impulsinam a economia local e geram emprego directo e indirecto das pessoas em várias áreas.

Apontou os transportes, hotéis, lojas, restaurantes e vendedores informais, como alguns dos sectores que beneficiam quando é organizado um festival ou um evento musical no país, porque arrecadam algum dinheiro com a movimentação das pessoas.

Por isso defendeu que é preciso mais incentivo das autoridades municipais e governamentais para com os promotores e criadores de eventos, no sentido de terem "mais meios financeiros e institucionais" para organizarem festivais que, segundo afirmou, trazem “mais economia” para o desenvolvimento de um determinado município.

Por outro lado, reconhece que muitas pessoas vêem o festival no país de forma negativa, porque, conforme afirmou, muitos pensam que esses eventos de música promovem coisas negativas como prostituição, uso de álcool e drogas, entre outros actos.

Chamou a atenção das pessoas para olharem os festivais de forma positiva,sobretudo quando gera um grande número de empregos para muitas pessoas e circulação de economia.

Defendeu que nenhum festival no país é organizado para promover álcool e drogas, entre outros males da sociedade, mas sim, para proporcionar momentos de diversão e sã convivência uns com os outros e gerar a economia.

“As pessoas são livres para comprarem e consumirem num evento ou em outros locais, aquilo que eles querem consumir, mas não é da responsabilidade da organização do evento oferecer qualquer substância ilícita”, esclareceu João Miranda.

Questionado sobre a pouca frequência de músicas tradicionais nos festivais no país, o mesmo retorquiu que sempre esses grupos têm espaço nos festivais.

Relativamente aos eventos musicais que são realizados simultaneamente um atrás do outro num determinado mês e outros meses sem nada, o promotor explicou que isto acontece sempre em época alta.

“Um investidor privado não investe num evento de música numa época que sabe que pode ter poucas pessoas, para depois ter prejuízo. Os festivais e eventos de música são organizados sempre de acordo com o calendário das datas de comemoração de aniversário de um município, verão, final do ano, entre outras datas que têm um significado e que atraem muitos emigrantes”, elucidou.

O promotor explicou ainda que o festival no país “não é sustentável” e tem um "preço elevado" por isso, para ser organizado é crucial estudar bem a data para não ter prejuízos.

DG/ZS

Inforpress/Fim

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