
Cidade da Praia, 30 Set (Inforpress) – A coordenadora da FRS Victoria Rodício afirmou hoje que Cabo Verde deu um “passo significativo” com o lançamento do projecto “Fortalecimento do Atendimento e Prevenção a Vítimas de VBG”, ampliando sua actuação para cinco ilhas de Cabo Verde.
Victoria Rodício, que é a coordenadora da Fundación Religiosos para la Salud (FRS) em Cabo Verde, fez estas afirmações durante a cerimonia de apresentação pública do projecto “Fortalecimento dos espaços e das capacidades de atendimento, prevenção e reintegração de vítimas de VBG em 5 ilhas de Cabo Verde”, realizada esta terça-feira, na cidade da Praia.
A coordenadora explicou que o projecto visa garantir que nenhuma vítima de violência de gênero ou racial fique sem protecção, acompanhamento e oportunidades de reintegração social.
Neste sentido, realçou, foi ampliado a actuação do projecto para cinco ilhas de Cabo Verde, incluindo Boa Vista e Sal, com a criação de novas casas de acolhimento, programas de capacitação profissional e iniciativas de reinserção socio-emocional voltadas tanto para vítimas quanto para agressores de violência baseada no género.
Salientou que esta nova etapa representa “um passo maior, mais consciente e mais determinado”, sustentado pela experiência adquirida ao longo dos últimos anos.
“Mais do que um projecto, é uma estratégia que fortalece dignidades, transforma comunidades e inspira soluções locais sustentáveis. O nosso objectivo é garantir que cada mulher e cada criança vítima de violência receba protecção, apoio e a chance de recomeçar sua vida”, afirmou.
Victoria Rodício explicou que desde 2023 já foram capacitados 399 profissionais de áreas como justiça, saúde e segurança, promovendo atendimento integrado e seguro às vítimas e que quatro casas de acolhimento, actualmente em Santiago, Fogo e Santo Antão, beneficiaram 37 mulheres e 23 crianças.
De acordo com a coordenadora, o projecto se diferencia pela abordagem inovadora, que além do acolhimento e capacitação profissional, aposta na prevenção por meio de campanhas culturais e musicais, como os festivais “Ser o VBG”, que mobilizaram mais de nove mil pessoas entre 2023 e 2024.
Nesta nova fase, a iniciativa se expande para Boa Vista e Sal, criando quatro novas casas de acolhimento, formação profissional em turismo para 25 mulheres e estratégias de reinserção sócioemocional para agressores de VBG, em parceria com o Ministério da Justiça.
“Nosso objectivo é criar uma rede sólida de protecção, onde cada instituição tenha um papel claro e as vítimas recebam atendimento integral e seguro”, destacou Victoria Rodício, reforçando a importância da colaboração entre autoridades, instituições públicas e sociedade civil para o sucesso do projecto.
A coordenadora concluiu que o projecto evidencia o compromisso de Cabo Verde com a igualdade de género e a protecção dos direitos humanos.
CM/CP
Inforpress/Fim
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