Professores protestam no sábado nas ruas contra envio de proposta de decreto-lei do PCFR à Assembleia Nacional

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Professores protestam no sábado nas ruas contra envio de proposta de decreto-lei do PCFR à Assembleia Nacional
03/10/24 - 01:54 pm

Cidade da Praia, 03 Out (Inforpress) – Os professores a nível nacional saem em protesto este sábado, 05, no Dia Mundial dos Professores, contra o envio da proposta do decreto-lei do Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR) da classe para discussão no parlamento.

Em entrevista à Inforpress, o presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep), Jorge Cardoso, explicou que o Governo, “em atitude arrogante”, enviou o documento na semana passada sem conhecimento do sindicato, que por solicitação do presidente da Assembleia Nacional, prepara agora para emitir um parecer. 

“Estávamos ausentes da ilha, em São Vicente, e tomamos conhecimento de que o Governo enviou o documento ao parlamento. E ontem recebemos da parte do presidente da Assembleia Nacional o documento a solicitar um parecer a respeito”, afirmou o sindicalista.

Jorge Cardoso recordou a promessa emitida "publicamente" pelo Governo de que iria "sentar e ouvir" os sindicatos antes de enviar o documento para discussão no parlamento, sublinhando que se está perante um instrumento “lesivo e injusto” para com os docentes.

“A luta não é deste ou aquele sindicato, mas sim a luta é da classe, e os professores têm que estar determinados e ir até às últimas consequências para a melhoria e a dignificação da classe se assim entenderem”, disse, apelando ao engajamento de todos os professores.

Na ilha de Santiago, avançou, a concentração acontece às 9:30 no Centro Social 1º de Maio, na Fazenda, cidade da Praia, com percurso até Praça Alexandre Albuquerque, no Platô.

O Presidente da República, José Maria Neves, vetou no dia 04 de Setembro o decreto-lei do Governo que aprova o PCFR do pessoal docente, solicitando uma nova apreciação do diploma.

Em resposta, o Governo disse respeitar a posição “política” do Presidente da República de exercer o seu direito constitucional de “veto político” ao PCFR do pessoal docente, contudo discordou integralmente da fundamentação dessa posição.

LT/AA

Inforpress/Fim

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