Primeiro-ministro preside nascimento da Associação Cabo-verdiana para a Macaronésia

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Primeiro-ministro preside nascimento da Associação Cabo-verdiana para a Macaronésia
26/07/25 - 09:04 pm

Cidade da Praia, 26 Jul (Inforpress) - O primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, presidiu hoje, na cidade da Praia, à cerimónia de apresentação pública da Associação Cabo-verdiana para a Macaronésia (ACVM), visando reforçar os laços entre Cabo Verde, Açores, Madeira e Canárias.

Na sua intervenção, o chefe do Governo sublinhou que a Macaronésia representa um “espaço natural de integração” para Cabo Verde, justificado por razões históricas, geográficas e de proximidade.

“Precisamos dar mais visibilidade à Macaronésia. Está escrita nos documentos, mas precisa de força social. A ACVM pode desempenhar esse papel”, afirmou.

Ulisses Correia e Silva destacou ainda o potencial da colaboração entre os arquipélagos em áreas como economia azul, economia verde, resiliência climática e vulcanismo, reforçando o compromisso do Governo em apoiar esta iniciativa da sociedade civil.

Por sua vez, o presidente do conselho directivo da ACVM, Victor Borges, apresentou a associação como uma resposta à necessidade de fortalecer a cooperação entre os povos dos quatro arquipélagos que compõem a Macaronésia.

Borges lembrou que, apesar das diferenças políticas e institucionais com Cabo Verde como Estado soberano e os restantes arquipélagos como regiões ultraperiféricas da União Europeia, existem fortes laços históricos, linguísticos e sociais que justificam a criação da associação.

“A ACVM nasce para colmatar um vazio nas relações da sociedade civil entre os arquipélagos. Já existem estruturas semelhantes nos Açores, Madeira e Canárias, e esta iniciativa completa o quadro”, disse.

Segundo Borges, a associação conta actualmente com 49 associados distribuídos pelas ilhas cabo-verdianas e pretende ser um espaço de intercâmbio, debate e promoção da cooperação regional.

A ACVM é uma entidade independente do Estado, partidos ou organizações religiosas, mas aberta à colaboração com instituições e cidadãos que partilhem os seus objectivos, segundo os estatutos da organização.

CG/SR//ZS

Inforpress Fim

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