Cidade da Praia, 08 Abr (Inforpress) – O primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva enfatizou hoje, na Praia, o dinamismo cultural e apoio ao sector privado para a promoção da cultura e das indústrias criativas no país.
Essas declarações foram feitas aos jornalistas durante a abertura oficial da “trade fair” da 11ª edição do Atlantic Music Expo (AME), que contou com a presença do ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Augusto Veiga.
O primeiro-ministro sublinhou a importância da iniciativa para a promoção da cultura e das indústrias criativas no país.
O evento, que reúne uma série de expositores, desde jovens empreendedores a artistas e artesãos, tem contribuído para a dinamização da cidade da Praia e reforçado o papel das indústrias culturais e criativas no desenvolvimento económico e social de Cabo Verde.
"Uma impressão muito boa, porque o AME é precisamente isto, não é só espectáculo de música, é também trazer para a cidade da Praia um conjunto de expositores.
Temos aqui exposições de jovens empreendedores, artesãos, artistas, coisas inovadoras, algumas coisas também antigas, como vimos ali, gramofones, discos de vinil, coisas que as gerações actuais não conhecem", afirmou o primeiro-ministro, destacando a diversidade e riqueza da oferta cultural e artística do evento.
O primeiro-ministro também fez questão de realçar a animação e o dinamismo proporcionados pelo AME e pelo Kriol Jazz Festival, destacando a relevância desses eventos para o fortalecimento da cultura na capital do país.
"É bom trazer tudo o que esteja ligado também com a história, os arquivos. E muita animação aqui, é importante que, pelo menos durante esta semana, possamos ter uma Praia com dinamismo. É isso que, tanto o AME, como o Kriol Jazz Festival, trazem para a capital", disse.
A profissionalização do sector da cultura tem sido um desafio constante, mas o primeiro-ministro demonstrou optimismo com os avanços recentes, particularmente em relação à proposta para aprovação do estatuto do artista.
Questionado sobre se o AME tem tornado esta tarefa mais fácil, o governante disse que sim, porque brevemente será levado o estatuto do artista para aprovação no parlamento.
Contudo, segundo o mesmo, não basta a lei, é preciso criar as condições, o ambiente favorável e sensibilizar os artistas para aderirem.
O estatuto do artista, segundo o primeiro-ministro, visa assegurar melhores condições para os profissionais da cultura, incluindo direitos e garantias, como o acesso à segurança social, o que é visto como um passo crucial para o desenvolvimento da indústria cultural no país.
O primeiro-ministro também destacou a relevância da Sociedade Cabo-verdiana de Música (SCM) que já tem feito um trabalho importante na protecção dos direitos de autor.
Falando sobre o futuro do AME, o primeiro-ministro reiterou o compromisso do Governo com o evento e com a abertura ao sector privado.
"Está aberto ao privado, até porque a direcção já há alguns anos tem sido essencialmente privada. O Kriol Jazz Festival nasceu de uma parceria entre a Harmonia e a Câmara Municipal da Praia. E o AME nasceu uns anos antes, configurando-se no mais público, depois passou para a gestão privada, e isso significa que a organização privada de eventos está a marcar pontos aqui em Cabo Verde", explicou.
Por fim, Ulisses Correia e Silva também sublinhou a crescente presença de produtores privados na organização de eventos culturais em Cabo Verde, com muitos desses eventos a ganharem destaque no mercado.
"E vários outros eventos têm sido, tirando os festivais municipais, organizados por produtores privados e que se impõem no mercado", afirmou.
A Trade Fair é um conjunto de “stand” onde os patrocinadores, parceiros do Atlantic Music Expo, câmaras municipais, empresas locais e internacionais, podem promover os seus produtos e serviços ao público do AME.
JBR/HF
Inforpress/Fim
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