Presidente do PAICV diz que primeiro-ministro está desconectado da realidade do país

Cidade da Praia, 26 Dez (Inforpress) – O presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV - oposição) disse hoje, na cidade da Praia, que o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, está desconectado da realidade do país.

Rui Semedo fez essa afirmação, em conferência de imprensa, em reacção à mensagem de Natal do primeiro-ministro, na qual destacou que é o momento de assumir um forte compromisso com futuro das crianças.

"O primeiro-ministro está desconectado da realidade do país e criou para si a sua própria realidade, que é fantasiosa, mágica e desligada da situação de Cabo Verde e dos cabo-verdianos", notou Rui Semedo classificando o discurso de Ulisses Correia e Silva de "ligeiro".

Para o presidente do maior partido da oposição, a verdadeira realidade do país é a perda de confiança no Governo, um aumento exagerado do desemprego e a falta de rendimento para as pessoas e para as famílias.

Para além disso, acrescentou que há ausência de políticas estruturantes para fazer face aos desafios mais importantes do país.

"Verificamos um excesso de propaganda e de marketing para enganar e anestesiar as pessoas", observou Rui Semedo, considerando que há uma elevada taxa de desaprovação do rumo que o país está a seguir.

"O primeiro-ministro desatento insiste na sua orientação errada e perdeu a confiança dos cabo-verdianos", notou Rui Semedo, 

De acordo com Rui Semedo, a realidade é que Cabo Verde precisa de um "novo rumo" para o emprego, para criar rendimentos para as pessoas, para facilitar as condições de mais e melhores investimentos e para o diálogo político e social.

"Precisamos de um novo rumo para a negociação política com as diversas classes e grupos socioprofissionais, assim como para os desafios urgentes a curto e médio prazo", defendeu Rui Semedo, apelando a um novo rumo para a governação do país.

"Ulisses Correia e Silva precisa colocar os pés no chão da realidade e começar a trabalhar a sério, para o país e para as pessoas", concluiu.

OM/HF

Inforpress/Fim