Presidente do IANCV preocupado com a falta de livros que abordam história recente do país

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Presidente do IANCV preocupado com a falta de livros que abordam história recente do país
16/07/25 - 12:17 pm

Cidade da Praia, 16 Jul (Inforpress) - O presidente do Instituto do Arquivo Nacional de Cabo Verde (IANCV) expressou hoje preocupação com a escassez de livros que abordam a história e evolução do país desde 1975, indicando ser urgente debates sobre a história recente.

José Maria Borges manifestou esta preocupação aos jornalistas na abertura da conferência internacional sobre a “História Recente de Cabo Verde”, que decorre esta quarta-feira e quinta-feira, na cidade da Praia, no quadro das celebrações dos 50 anos da Independência Nacional.

O responsável explicou que o IANCV pretende com este ciclo de debate, estimular a produção de livros sobre a história recente, com foco especial na história das ilhas e dos municípios.

“A ideia é com esse debate que queremos lançar, é ver com a academia, a sociedade civil (…) construir equipas que poderão trabalhar na produção da história recente de Cabo Verde”, avançou, evidenciando que existe também uma lacuna no tratamento destes documentos.

Segundo José Maria Borges, o Arquivo Nacional conta com uma equipa que trabalha na preservação dos documentos mais antigos, que remontam à época pré-colonial e aos séculos XVII e XVIII, contudo enfatizou que o IANCV enfrenta dificuldades na organização e tratamento de materiais da história recente, devido à necessidade de introduzir, absorver e ter arquivistas nas estruturas de diversas instituições. 

Para colmatar esta lacuna, o IANCV tem promovido diálogos constantes com instituições da área e produtoras, sendo que, conforme alertou, são essas informações que permitirão que a história recente de Cabo Verde seja produzida e esteja disponível para consulta pública.

“Portanto, é um desafio que o país tem, mas nós estamos a trabalhar. Por exemplo, recentemente fizemos uma formação em que qualificamos 21 jovens que já estão alocados nas instituições para fazer esse trabalho e estamos a implementar um projeto questionário sobre a situação arquivística do país”, sublinhou.

O ministro da Promoção de Investimento e Fomento Empresarial e ministro da Modernização do Estado e da Administração Pública, que também esteve presente, assinalou que a conferência “casa muito bem” com as comemorações dos 50 anos da independência, por “lançar um olhar” sobre a história do país desde 1975.

“Conhecer este percurso, eu acho que é a melhor forma que nós temos de avaliar com mais precisão o presente e também servir de âncora, de motivação suficiente para nós podermos construir o futuro”, observou Eurico Monteiro.

De acordo com este governante, “vale a pena” conhecer a história do país de 1975 e o que foi edificado até aos dias de hoje.

LT/CP

Inforpress/Fim

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