Cidade da Praia, 21 Mai (Inforpress) – O Presidente da República, José Maria Neves, destacou na segunda-feira, o percurso do país no sector da saúde desde a sua independência em 1975, na abertura da 78ª Assembleia Mundial da Saúde.
Segundo uma nota enviada à Inforpress, na sua intervenção no evento, que também assinala o 78º aniversário da Organização Mundial da Saúde (OMS), José Maria Neves fez uma breve retrospectiva da situação sanitária do arquipélago, que era de calamidade na década de 1970.
“Há 50 anos, a situação sanitária era quase de calamidade, agravada por uma pobreza generalizada e malnutrição grave. O arquipélago tinha 13 médicos, uma esperança média de vida de 56 anos e uma taxa de mortalidade infantil de 108 mortes por mil nascimentos”, referiu.
A pobreza generalizada e a malnutrição grave, segundo o chefe do Estado, agravaram com a falta de água potável, deficiente saneamento e uma fraca cobertura de infra-estruturas de saúde.
Doenças como a tuberculose, sarampo, tosse convulsa, tétano, poliomielite e diarreia eram frequentes, contribuindo para a crise sanitária do país.
De acordo com o Presidente da República, face a este “quadro sombrio”, as autoridades cabo-verdianas priorizaram as áreas fundamentais como a educação, a saúde, as infraestruturas e o combate à pobreza.
Em 1976, um ano após a independência, Cabo Verde aderiu à OMS e, no ano seguinte, assinou o primeiro acordo com a organização, o que marcou o início de uma colaboração frutífera que perdura até hoje.
“Destacamos, igualmente, o valioso apoio às contínuas campanhas contra as epidemias e de vacinações, fruto dessa cooperação, Cabo Verde recebeu a certificação de país livre do paludismo”, acrescentou o chefe do Estado.
Em reconhecimento à parceria de Cabo Verde com a OMS, o Presidente da República lembrou a condecoração da OMS com a Ordem Amílcar Cabral, de primeiro grau, no ano passado, como um símbolo de gratidão pela colaboração.
Por fim, José Maria Neves fez uma saudação calorosa à OMS pelo seu 78º aniversário, felicitando todos os quadros da organização e reiterando o desejo de que a OMS continue a dispor dos meios necessários para cumprir sua missão de salvar vidas em todo o mundo.
JBR/CP
Inforpress/Fim
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