Portugal: UECL debate benefícios e limitações na possível implementação do semestre zero para universitários dos PALOP
Lisboa, 03 Mai (Inforpress) - A União dos Estudantes Cabo-Verdianos de Lisboa (UECL) reúne hoje na capital portuguesa alunos e responsáveis associativos para debater os benefícios e limitações de uma possível implementação do semestre zero para universitários dos PALOP em Portugal.
O encontro denominado “Tertúlia Jovem Semestre zero para universitários dos PALOP”, acontece no âmbito da segunda edição da “Tertúlia Klaridade”, organizada pela UECL, em conjunto com a Associação Caboverdeana (ACV) de Lisboa e irá contar com a participação do presidente da Associação Maense em Portugal (AMP), Lito Spencer.
De acordo com a organização, a ideia do evento é que os presentes possam partilhar as suas ideias e opiniões sobre o relatório “Perfil dos Estudantes dos PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa] nas Instituições de Ensino Superior em Portugal” e a implementação do semestre zero.
O relatório propõe a implementação de um semestre zero aos estudantes provenientes dos PALOP nas universidades portuguesas, com a finalidade de potencializar a integração e o sucesso académicos desses mesmos estudantes, que têm enfrentado algumas barreiras a nível linguístico e a nível do domínio das tecnologias da informação e da comunicação.
O estudo realizado entre 2015 e 2021 e agora divulgado pelo Centro de Estudos Internacionais do ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa), sugere um período preparatório para esses alunos estrangeiros, para favorecer a integração e responder à forte procura, principalmente nas instituições do interior de Portugal.
De acordo com os investigadores, os alunos dos PALOP “não têm falta de competências em termos académicos, mas têm muita dificuldade de integração, não conhecem as matérias, não conhecem a forma de ensino e têm, muitas vezes, dificuldades linguísticas”, e que por isso, um semestre zero afigura-se como crucial para estes estudantes.
A medida já foi anunciada pelo anterior Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e tem implementação prevista para o próximo ano lectivo.
DR/CP
Inforpress/Fim
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