Lisboa, 30 Out (Inforpress) – O presidente da Fundação Carlos Albertino Veiga, Paulo Veiga, realçou hoje, em Lisboa, a importância de todos os Estados a nível mundial estarem envolvidos em conhecer o oceano que cobre 71 % do planeta Terra.
Paulo Veiga falou dessa importância em declarações à Inforpress, no final da primeira edição do Ocean Summit 2024, uma iniciativa da Fundação Carlos Albertino Veiga, em parceria com a Marinha Portuguesa e a Proteus Ocean Group (Estados Unidos da América), e que decorre de 29 a 30 no Planetário Museu de Marinha Portuguesa, em Lisboa.
Paulo Veiga também defendeu essa ideia em um dos painéis do evento sobre “The Power of politics to save the ocean” (O poder da política para salvar o oceano, em português), em que esteve acompanhado no painel pela embaixadora da Alemanha para Portugal e Cabo Verde, Julia Monar.
“Transmitimos é a importância da parceria, tanto bilateral como multilateral, porque os oceanos cobrem 71 % do nosso planeta, nós só conhecemos entre 5 % a 7 % e, portanto, a importância de todos os Estados, independentemente de serem costeiros ou não, estarem envolvidos em conhecer o oceano”, defendeu.
O antigo ministro do Mar frisou essa importância, lembrando que dos 71 %, só se conhece 5 %, o que quer dizer que estão por ser descobertos os 66 % que podem ter as soluções para os problemas actuais, tanto climáticos, mas de outros fóruns.
“A Fundação Carlos Albertino Veiga resolveu fazer esse evento, tendo em conta que uma das missões é a protecção do ambiente e dos oceanos e Cabo Verde é 99,3 % mar”, explicou, garantindo que o balanço dos dois dias do encontro é “muito positivo”.
“Foi muito holístico, a envolver todos os sectores, desde a saúde, à segurança, à investigação, ao empreendedorismo, aos investidores, às empresas, portanto uma iniciativa que iremos com certeza repetir para os anos vindouros. O local é que vamos ter que decidir, se é em Cabo Verde, nos Estados Unidos, na França, onde está a nossa diáspora”, disse.
Presentes no evento internacional que reúne especialistas oriundos de quatro continentes e que visa impulsionar novas descobertas e promover o diálogo sobre diferentes temas e na abertura, esta terça-feira, estiveram presentes o ministro do Mar, Jorge Santos, e o embaixador de Cabo Verde, em Lisboa, Eurico Correia Monteiro.
Os especialistas e representantes políticos internacionais debateram temas como a sustentabilidade dos oceanos, a economia azul, o turismo responsável, a preservação da biodiversidade marinha, os impactos das alterações climáticas e as novas tecnologias para monitorização dos oceanos.
Entre os oradores para além de Paulo Veiga, estão o fundador do Proteus Ocean Group e neto do célebre oceanógrafo Jacques Cousteau, Fabien Cousteau, e o contra-Almirante Ramalho Marreiros, que é director do Instituto Hidrográfico de Portugal.
Hoje, o destaque foi dado para a economia azul e ao turismo sustentável, numa jornada a ser encerrada com uma discussão sobre a relação estratégica entre Cabo Verde e Portugal no desenvolvimento de plataformas atlânticas.
O primeiro dia os painéis estiveram à volta de discussões sobre o impacto das alterações climáticas na biodiversidade e ao direito do mar.
DR/ZS
Inforpress/Fim
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