
Lisboa, 02 Nov (Inforpress) – O presidente da Associação Moinho da Juventude afirmou hoje que a organização, ao longo dos seus 41 anos, “tem caminhado lado a lado” com a comunidade da Cova da Moura, cuja história se confunde com a do bairro.
Em declarações à Inforpress, Jakilson Pereira destacou ganhos, em várias áreas, mas, no entanto, admitiu que ainda persistem muitos desafios no bairro, onde se concentra a maior comunidade cabo-verdiana do município de Amadora (Portugal).
O líder associativo disse acreditar que com união de toda a comunidade vão conseguir vencer os desafios, sobretudo os problemas urbanísticos e de reabilitação.
“A Associação Cultural Moinho da Juventude (ACMJ) é a comunidade em si e até muitas vezes é confundido com a própria história do bairro da Cova da Moura”, disse, reafirmando que esta Organização Não-governamental para o Desenvolvimento (ONGD) vai continuar a defender a dignidade.
Segundo disse, tendo em conta que ACMJ é uma das associações que é fruto do 25 de Abril de 1974, definiu como principal desafio combater o “regresso em força” do fascismo, quer a nível da Europa, quer de Portugal, e ainda lutar por uma sociedade em que todos podem prosperar.
Acrescentou ainda que esta Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) vai continuar a lutar pelos direitos dos imigrantes, cuja legislação actual está a criar entrave na vida dos mesmos e dos seus filhos, referindo-se às novas leis de imigração e nacionalidade de Portugal.
As duas leis “são uma regressão nos direitos sociais das minorias”, lamentou o activista social.
Na ocasião, lembrou que ACMJ foi distinguida em Setembro com o Prémio Infância 2025, do BPI e da fundação “La Caixa”, com o projecto “Crescer juntos na primeira infância: construindo futuro”.
A propósito, avançou que o referido projecto já está a ser implementado na comunidade, visando promover melhores oportunidades para centenas de crianças, contribuindo para um futuro mais justo e sem fronteiras.
Segundo a mesma fonte, a associação presta vários serviços à comunidade, com mais de 600 utentes diários, entre Actividades de Tempos Livres (ATL), creches, jardim infantil, o apoio na documentação, a cantina social, e entre outros serviços.
Para comemorar o 41.º aniversário, e organização realizou uma corrida em homenagem a um dos fundadores da associação Eduardo Pontes, denominado Eduardo Pontes/EDP Clube Runners, lançamento de livro “Empregada domésticas e mulheres_A_Dias_Em Portugal”, capoeira e noite cultural a ser protagonizada pelo grupo de batuque Finka Pé, que também completou hoje 40 anos.
Da programação consta ainda uma homenagem a membro fundador do grupo batuque Finka Pé Benvinda Mendes, mais conhecida por Tota Mendi, falecida no passado dia 15 de Outubro, em França.
FM/AA
Inforpress/Fim
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