Porto Novo: Câmara reconhece dificuldades em operacionalizar mercado de peixe inaugurado em 2022  

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Porto Novo: Câmara reconhece dificuldades em operacionalizar mercado de peixe inaugurado em 2022    
11/08/24 - 09:45 am

Porto Novo, 11 Ago (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal do Porto Novo, Aníbal Fonseca, reconheceu as dificuldades da autarquia em operacionalizar o mercado de peixe, inaugurado em Setembro de 2022, num investimento de 21 mil contos.

Aníbal Fonseca, que falava no sábado, 10, no acto de lançamento das obras de requalificação urbana de Berlim, zona onde foi construído o mercado de peixe da cidade do Porto Novo, disse que se trata de uma infraestrutura de referência, dotada de todas as condições para a comercialização do pescado.

Porém até agora “não foi possível encontrar com os operadores a melhor via para sua operacionalização", referiu o autarca, para quem o mercado é, sem dúvidas, “um grande investimento” para valorizar os pescadores e peixeiras da cidade do Porto Novo”.

O presidente da câmara do Porto Novo falava na presença do novo ministro do Mar, Jorge Santos, que está de visita a Santo Antão, no âmbito da qual presidiu aos actos de lançamento das obras de construção de uma placa desportiva em Alto São Tomé e requalificação urbana em Berlim.

O mercado de peixe da cidade do Porto Novo continua de portas fechadas há dois anos após, a sua inauguração, sendo considerado já pelos porto-novenses “um investimento perdido”.

O mercado de peixe, reivindicado insistentemente ao longos dos anos pelos operadores de pesca, designadamente pelas peixeiras, foi inaugurado em Setembro de 2022.

Continua até ao momento fechado, uma vez que as vendedeiras de pescado têm recusado ocupá-lo, apesar dos apelos da câmara municipal e do Governo.

A Inforpress abordou alguns munícipes sobre a situação do mercado e todos consideram que se está perante “um investimento perdido”, uma vez que não acreditam que as peixeiras vão ocupar espaço, a menos que sejam obrigadas pelas autoridades municipais.

Conforme constatou a Inforpress, as vendedeiras insistem em vender o pescado nas ruas, alegando a “má localização” da infraestrutura, que representou um investimento de 21 mil contos, cofinanciado pela Cooperação Luxemburguesa e pelo Ministério do Mar.

A Câmara Municipal do Porto Novo lembra que o mercado de peixe é uma infraestrutura que foi muito reivindicada pelas próprias peixeiras.

Trata-se, de acordo com a mesma fonte, de "um mercado moderno, bem equipado” e que dá “toda dignidade às peixeiras” que, mesmo assim, preferem continuar a exercer a sua actividade nas ruas.

A Associação dos Pescadores do Porto Novo tem estado também a apelar às peixeiras para ocuparem o mercado, dotado de 28 bancas e de equipamentos de frio, conferindo maior dignidade à sua actividade profissional e assegurando um produto seguro aos consumidores.

O novo ministro do Mar, que está de visita a Santo Antão, aproveitou para anunciar a realização de algumas formações nesta ilha para qualificar os técnicos de pesca, contribuindo assim para a promoção da pesca no município do Porto Novo. 

JM/AA

Inforpress/Fim

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