Porto Novo/Santo André: Mobilização de água e acessibilidade entre principais inquietações das associações

Porto Novo, 30 Nov (Inforpress) – As diferentes associações de desenvolvimento local na freguesia de Santo André, no município do Porto Novo, em Santo Antão, apontaram hoje a mobilização de água e o desencravamento das comunidades como sendo as principais inquietações das populações. 

No dia em que esta freguesia celebra o seu patrono, Santo André, a Inforpress abordou as diferentes associações sobre o processo de desenvolvimento desta parcela do território municipal, tendo destacado a mobilização de água e a construção de estradas de acesso como sendo as  principais preocupações das comunidades. 

Em Dominguinhas, no vale de Alto Mira, a associação comunitária insistiu na construção da estrada de desencravamento dessa localidade, lembrando que a construção desta via de acesso foi um compromisso assumido pelo Governo “ainda no primeiro mandato”.

O líder comunitário, Ilaurindo Baptista, disse que a construção da estrada representa a principal aspiração dos moradores de Dominguinhas e exorta o Governo a cumprir com o que prometeu à população.

O Governo anunciou que iria realizar os estudos técnicos para a elaboração do projecto de construção dessa estrada.

Ainda em Alto Mira, a associação dos agricultores deseja a execução de um furo no terceiro povoado para aumentar a disponibilidade de água para a agricultura, lembrou o líder dos agricultores, Idarlino Fortes.

Em Chã Norte, a principal preocupação da população se prende com a construção da estrada de acesso e com a mobilização de água, segundo Dinelson Lima, porta-voz da comunidade.

Em relação à mobilização de água, o que se pretende é a execução de um furo para aumentar a disponibilidade de água para a agricultura em Chã de Norte.

Os mais de 50 lavradores locais têm-se queixado, com frequência, da escassez de água para rega, tendo o Ministério da Agricultura já prometido executar um furo nessa localidade.

Na Ribeira da Cruz, a Associação dos agricultores do Morro de Cavalo exige também a mobilização de água para responder às necessidades dos mais de 40 lavradores, segundo o líder associativo, José Lima.

No Planalto Norte, a associação comunitária Luz Verde do Norte apontou as dificuldades em termos de acessibilidade como sendo o maior desafio desta zona, cuja população clama por “uma estrada condigna”.

O presidente desta associação, Maduino Lima, disse à Inforpress que o Planalto Norte precisa de “uma estrada condigna” para potenciar o desenvolvimento turístico desta zona, onde também a escassez de água para consumo e para o gado ainda é uma preocupação. 

Em Chã de Branquinho, a maior preocupação da comunidade se prende com a recuperação da barragem subterrânea desse vale, que está inactivo deste 2016, tendo o Ministério da Agricultura prometido já recuperar essa infra-estrutura.

O delegado deste ministério no Porto Novo, Joel Barros, afiançou que a recuperação da barragem subterrânea de Chã de Branquinho está prevista no quadro do Fundo da Adaptação Climática.

JM/ZS

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