Porto Novo: População insiste na necessidade de um enfermeiro no posto sanitário do Planalto Norte

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Porto Novo: População insiste na necessidade de um enfermeiro no posto sanitário do Planalto Norte
27/10/25 - 01:56 pm

Porto Novo, 27 Out (Inforpress) – A população do Planalto Norte insistiu hoje na necessidade de o Governo colocar um enfermeiro no posto sanitário desta localidade isolada do município do Porto Novo, em Santo Antão.

Fidel Neves, porta-voz da população, lembrou que o Planalto Norte está há mais de um ano sem um enfermeiro, insistindo na necessidade de o Ministério da Saúde atender à preocupação dessa comunidade isolada e distante.

O posto de saúde do Planalto Norte tinha um enfermeiro, mas, em Outubro do ano passado, o ministério resolveu retirar o técnico desse planalto, deixando sem cobertura os 600 habitantes, avançou o morador, que pediu aos deputados do PAICV (oposição) para levar esta preocupação ao Governo.

A deputada Rosa Rosa, numa reacção ao pedido dos moradores, acusou o Governo de "crueldade e de falta de sensibilidade" para com os habitantes do Planalto Norte, explicando que “a drástica redução” do número de médicos e enfermeiros em todas as estruturas de saúde do país, tem afectado as populações em todo o país.

“Em zonas isoladas como o Planalto Norte, onde havia apenas um enfermeiro, deixar a população sem os cuidados primários de saúde é cruel e evidencia a falta de sensibilidade deste Governo”, avançou a deputada do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV).

A situação da saúde do Planalto Norte tem merecido também a atenção dos parlamentares do Movimento para a Democracia (MpD, poder), eleitos por Santo Antão, apurou a Inforpress.

Os deputados do MpD, durante um encontro com o ministro da Saúde, nos princípios deste mês de Outubro, receberam a garantia de Jorge Figueiredo de que condições estão a ser criadas para a recolocação dos enfermeiros nos planaltos Norte e Leste de Santo Antão.

A ausência do enfermeiro no Planalto Norte tem inquietado a população local que, já por várias vezes, denunciou a situação, alertando para a necessidade de acudir sobretudo os idosos e doentes acamados.

JM/AA

Inforpress/Fim

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