Porto Novo, 26 Jun (Inforpress) – Os jovens agricultores da Casa de Meio, no município do Porto Novo, Santo Antão, já conseguem produzir para o mercado, com cultivo de vários produtos, mesmo enfrentando o problema de água, informou a associação de classe.
Produtos como batatas, cenoura, cebola são cultivados pelos jovens agricultores da Casa de Meio, que mesmo deparando-se com a escassez de água, têm conseguido “boas colheitas” e colocar o excedente no mercado, confirmou o presidente da Associação dos Jovens agricultores da Casa de Meio, David Fonseca.
Este responsável avançou que, além do problema de água, os jovens agricultores enfrentam ainda as condições adversas em termos de clima, como o vento, mas ainda assim estão a obter “boas colheitas” a nível de horticultura.
Os jovens agricultores dessa localidade, abordados pela Inforpress, dizem-se preocupados com a escassez de água para rega, considerando “insuficiente” as 90 toneladas de água disponibilizada diariamente para a irrigação das parcelas.
Joaquim Lima, um dos lavradores, disse à Inforpress que a água disponibilizada aos 49 agricultores se mostra “insuficiente” para atender às necessidades.
O Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) informou que tem em carteira investimentos para “resolver definitivamente o problema de água” em Casa de Meio.
O delegado do MAA no Porto Novo, Joel Barros, admitiu que a escassez de água para rega constitui a principal preocupação dos jovens agricultores da Casa de Meio, zona que vai ser priorizada no âmbito do próximo programa de prospecção de água subterrânea.
O delegado do MAA tranquilizou, assim, os lavradores, assegurando que a Casa de Meio foi identificada como “zona prioritária” no quadro do novo programa de prospecção de água subterrânea “para resolver definitivamente o problema”.
Este responsável anunciou também a instalação de um entreposto agrícola em Casa de Meio para o tratamento dos produtos, facilitando assim o escoamento dos excedentes para o mercado.
O projecto Jovens Agricultores da Casa de Meio, promovido pela Associação para a Defesa do Património de Mértola, Portugal, foi co-financiado pelo Governo de Cabo Verde, o Instituto Camões, do Global Environment Facility (GEF) e ainda pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
O projecto consistiu na atribuição, por parte do Estado, de parcelas de terreno aos 47 jovens para a prática da agricultura.
Este mesmo projecto incluiu ainda a construção de um reservatório de 150 metros cúbicos de água, o equipamento de um furo com painéis solares e a instalação de uma rede de adução de água.
JM/ZS
Inforpress/Fim
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