Porto Novo, 15 Set (Inforpress) – Os pais e encarregados de educação no Planalto Norte, Porto Novo, Santo Antão, recusaram hoje enviar os seus educandos para assistir às aulas na cidade do Porto Novo, exigindo a colocação de professores na própria localidade.
A decisão foi tomada num encontro entre os pais e encarregados de educação com a associação comunitária Luz Verde do Norte durante o qual decidiram manter a decisão, recusando-se a enviar os seus filhos para prosseguir os estudos na cidade do Porto Novo.
O porta-voz dos pais e encarregados de educação, Maduino Lima, disse à Inforpress que a decisão que foi tomada é que as crianças, com idade ente os 9 e 10 anos, vão continuar com as respectivas famílias, exortando o Ministério da Educação (ME) a criar as condições no sentido de colocar professores no Planalto Norte.
Maduino Lima, que também é presidente da associação Luz Verde do Norte, disse que essas crianças têm tido dificuldades de adaptação na cidade do Porto Novo, o que tem condicionado o seu desempenho escolar.
Além disso, os pais não têm condições para se deslocar com frequência à cidade do Porto Novo para o acompanhamento dos seus educandos, alertou.
O delegado do ME, Leonildo Oliveira, esclareceu que se trata de alunos do 5.º e 6.º anos que têm de ser instalados na cidade do Porto Novo para poderem receber aulas no âmbito da reforma curricular, que faz com que “o sistema educativo seja mais inclusivo e de qualidade, reforçando áreas como Ciências, TIC, Inglês e Francês, a partir do 5.º ano”.
“No Planalto Norte, devido ao número reduzido de alunos e às distâncias entre escolas, ainda não é possível ter turmas do 5.º e 6.º ano em todas as localidades, nem garantir um transporte escolar regular e seguro”, explicou este responsável, segundo o qual foi encontrada a solução de acolher os alunos na residência estudantil, na cidade, sem custos para as famílias.
Este responsável avançou que muitos dos alunos do Planalto Norte deslocados para a cidade do Porto Novo têm tido “excelente aproveitamento”, deixando “uma mensagem de confiança” às famílias de que as crianças vão estar “em boas mãos”.
JM/ZS
Inforpress/Fim
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