PCA da CCV anuncia aquisição de navios para transporte de cargas postais e não postais (c/áudio)

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PCA da CCV anuncia aquisição de navios para transporte de cargas postais e não postais (c/áudio)
28/08/25 - 01:00 pm

Cidade da Praia, 28 Ago (Inforpress) – A empresa Correios de Cabo Verde (CCV) pensa adquirir, no prazo de três anos, barcos para transporte de cargas postais e não postais, anunciou hoje o presidente do conselho de administração (PCA) da empresa, Isidoro Gomes.

A CCV, que tem nos serviços postais a maior fatia da receita da empresa, cerca de 40 por cento (%), pode aumentar, significativamente, esse segmento dos correios se for aumentado o tráfego postal em termos de bonde e auto bonde.

“A parte postal dos Correios continua sendo o segmento com maior fatia do bolo da empresa. Estamos a falar à volta de 40% como contribuição na formação global dos rendimentos da instituição”, disse o PCA dos CCV, Isidoro Gomes, em declarações à imprensa.

Isidoro Gomes que explicava se a receita dos Correios de Cabo Verde é suficiente para pagar as despesas, realçou que dados de 2024 indicavam que cerca de 29% dos rendimentos da empresa são provenientes dos serviços financeiros.

“E é por isso que a empresa tem estado a apostar e a inovar nesse segmento de negócio. Neste momento, o ‘e-commerce’ já corresponde a cerca de 10% da nossa receita”, adiantou, esclarecendo que os Estados Unidos da América não é o principal parceiro do ponto de vista de emissão de correios.

O PCA garantiu que a Europa é o principal parceiro económico, a nível da emissão de correios, e informou sobre a existência de acordos sólidos entre o Estado de Cabo Verde e vários Estados da União Europeia, numa lógica bilateral e com a União Europeia no seu todo.

Neste âmbito, avançou que estão em andamento outras soluções que vão impulsionar o sector informático visando responder à dinâmica e oportunidades do comércio electrónico numa dimensão nacional.

“Nós queremos que através dos correios, mediante essa plataforma, as ilhas fiquem cada vez mais conectadas e que haja mais transacções entre elas, utilizando a experiência de logística dos Correios”, acrescentou, sublinhando que esta medida irá ajudar os cabo-verdianos na África, na Europa e nos Estados Unidos da América.

Nas mudanças a serem desenvolvidas apontou o cacifo, o segmento que está disponível 24 horas para que as pessoas possam receber as suas encomendas.

“Este ano o nosso serviço transitário, já chegou à China, já estamos na Ásia e na maior parte dos países europeus. Continuamos firmes com o nosso objectivo e, ainda durante este ano, mesmo após a entrada em vigor da medida dos EUA, entrar na terra do Tio Sam”, explicou esperançoso que, até o final do ano, os cabo-verdianos venham a fazer transportes de bilhões de grandes cargas, à semelhança de outras entidades, através dos Correios.

Afirma ainda que a prioridade plasmada nas missões dos Correios continua a ser a aposta nos recursos humanos com capacitação, melhoria do quadro remuneratório, criação de excelentes condições de trabalho, em ferramentas de trabalho, equipamentos informáticos, entre outros.

Tudo isso, segundo disse, para um desenvolvimento efectivo e sustentável do quadro do pessoal, visando a sustentabilidade não só económica e financeira, mas também técnica e social.

“A nossa produtividade é boa. Cumprimos com as nossas obrigações, quer a nível fiscal, dos impostos e dos trabalhadores. Temos, orgulhosamente, 14 salários”, disse, apontando ainda mais um salário a ser implementado no quadro da avaliação do desempenho.

Isidoro Gomes, que afirmou que os Correios de Cabo Verde, a nível interno, têm cerca de 700 fornecedores, concluiu informando que é das poucas, ou a única, que foi ao mercado levantar 350 mil contos sem aval do Estado, mas utilizando o seu próprio património público.

PC/HF

Inforpress/Fim

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