Pais queixam-se de preços altos e falta de livros nas vésperas do arranque do ano lectivo

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Pais queixam-se de preços altos e falta de livros nas vésperas do arranque do ano lectivo
13/09/25 - 04:02 pm

Cidade da Praia, 13 Set (Inforpress) – A cidade da Praia viveu hoje um movimento intenso nas papelarias e lojas de uniformes, num cenário marcado pela escassez de alguns livros e preços altos, a menos de 48 horas do início do ano lectivo 2025/2026.

Numa ronda pela capital do país, a Inforpress registou uma forte afluência às papelarias e lojas de uniformes, com pais e encarregados de educação a correrem para garantir o essencial para os filhos.

Apesar da maior afluência, ainda persistem dificuldades relacionadas com a falta de alguns manuais escolares.

Na papelaria Diocesana, em Achada de Santo António, apenas os livros do 3.º ano de escolaridade estão disponíveis de forma completa, enquanto os dos outros anos continuam em falta.

Houve também situações em que muitos pais e encarregados de educação têm percorrido várias lojas para comparar preços e procurar alternativas.

Muitos admitem que deixam para os últimos dias por falta de recursos, mas que também os custos elevados têm pesado cada vez mais.

Segundo relataram, os preços aumentam a cada ano, enquanto os salários permanecem estagnados e o custo de vida continua a subir.

Nas lojas de uniformes, o cenário é igualmente marcado por longas filas, mas ainda assim, vendedores garantem que, em comparação com o ano passado, houve uma ligeira redução, com os preços das batas e uniformes a baixar entre 50 e 150 escudos por peça.

Octávio Tavares, acompanhado do filho, contou que já tinha adquirido parte do material escolar, e que, para duas crianças do 2.º e do 9.º ano, gastou até agora 12.368 escudos.

Admitiu que o valor total deverá ultrapassar os 20 mil escudos, uma vez que ainda faltam livros, uniformes e mochilas.

Também João Afonso partilhou a sua experiência, sendo que até ao momento apenas conseguiu comprar cadernos, lápis, aparadores e canetas para os filhos do 3.º e do 7.º ano, tendo gasto 3.230 escudos.

Considera o montante elevado e afirma que deixará a compra dos livros para depois do arranque das aulas.

O cenário, comum a cada regresso às aulas, deixa os encarregados de educação a braços com orçamentos cada vez mais apertados, entre a falta de materiais e os custos que não param de crescer.

Segundo o Ministério da Educação, cerca de 130 mil alunos estão inscritos para o arranque do lectivo 2025/2026, a nível nacional.

AV/ZS

Inforpress/Fim

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