Organização da Conferência Internacional ligada à diáspora espera participação de 19 países

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Organização da Conferência Internacional ligada à diáspora espera participação de 19 países
05/09/24 - 07:34 pm

Cidade da Praia, 05 Set (Inforpress) – A conferência internacional para a diáspora, que vai decorrer na ilha do Sal nos dias 12 e 13 de Setembro, já confirmou a participação de 19 países, informou hoje a representante da OIM em Cabo Verde, Quelita Gonçalves.

Esta informação foi avançada hoje em conferência de imprensa, pela representante da agência das Nações Unidas para as Migrações (OIM) em Cabo Verde, Quelita Gonçalves.

Esta responsável adiantou que este evento está a ser preparado há algum tempo, na sequência do convite feito pelo primeiro-ministro à directora-geral da OIM para visitar Cabo Verde e no decorrer da qual foi solicitada que se pensasse na organização de uma conferência internacional da diáspora.

“Este convite foi bem aceite pela directora-geral e ela logo lançou o desafio de nós alinharmos esta iniciativa e a vontade de Cabo Verde como uma iniciativa global que a OIM já está a trabalhar desde 2022”, sublinhou, apontando que “em 2022, nós tivemos um fórum internacional sobre as migrações, de onde nós sublinhamos o contributo imenso da diáspora em matéria do desenvolvimento sustentável”.

 Conforme adiantou aquela representante, após a declaração de Dublin, na Irlanda, ficou assente a importância dos países a se cooperarem para o engajamento da diáspora no processo de desenvolvimento dos seus países de origem, pelo que se pensou numa aliança global, razão pela qual Cabo Verde, em parceria com a directora-geral da OIM, quer dar o seu contributo para o lançamento oficial da aliança global, com a realização da conferência na ilha do Sal.

Adiantou, por outro lado, que dos 30 países que subscreveram a declaração de Dublin, 19 já confirmaram as suas presenças na conferência na ilha do Sal, durante a qual vão ser debatidos no primeiro dia temas como a juventude e género, bem como a saúde e alteração climática, em que os países que fazem parte da aliança global vão debater e chegarem as conclusões e replicarem nos seus países, no âmbito da cooperação global.

Já no segundo dia, afiançou que será realizada uma reunião ministerial em que participantes vão sublinhar os seus interesses e disponibilidade e as suas contribuições para que a aliança global seja uma realidade.

Destacou a importância da diáspora no envio das remessas, a nível global, e em particular em Cabo Verde, realçando que apesar de alguns incentivos de isenção fiscais, entre outros, ainda os emigrantes estão a reclamar por mais atenção, frisando que a diáspora é a primeira defensora de causas filantrópicas.  

“O contributo da diáspora acaba por ser muito transversal, desde cultura, desporto, capital humano, bem como a nível de investimentos, no turismo e todas as outras áreas”, notou, adiantando que a agência das Nações Unidas tem vindo a trabalhar em parceria com o governo para acelerar os processos, uma a vez que os emigrantes estão a reclamar os obstáculos que ainda enfrentam em várias esferas, principalmente á nível de investimentos.

Quelita Gonçalves lembrou ainda que, para se conseguir abrir um negócio ou conseguir uma autorização para construção leva vários meses, algo que querem reverter, em colaboração, principalmente com o Ministério das Comunidades, das Finanças, Pró-empresa, da Tradeinvest e do programa de investimento para diáspora, em que já se consegue abrir o guia do investidor da diáspora, estando a contar com a colaboração das embaixadas e das associações dos emigrantes em países de acolhimento.

Aquela representante fez saber que a conferência, a ser realizada na ilha do Sal, está orçada em cerca de 35 mil contos e conta com o apoio da Irlanda.

PC/JMV

Inforpress/Fim

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