Cidade da Praia, 8 Abr (Inforpress) – O secretário-geral do MpD lamentou hoje que o PAICV e a UCID, num momento “alto da democracia” de Cabo Verde, se coloquem em contramão e optem por “minimizar” a relevância e o impacto do evento realizado no Sal.
Luís Carlos Silva fez essa declaração em conferência de imprensa, concedida está tarde, para falar das críticas do PAICV e da UCID em relação à Conferência Internacional “Liberdade, Democracia e Boa Governação: um olhar a partir de Cabo Verde”, afirmando tratar-se de um evento que ambiciona trazer ao debate o Estado da Democracia, Liberdade e Boa Governação no Mundo.
“Ao invés de abordarem a conferência como uma oportunidade para contribuir positivamente para o progresso de nossa nação, a oposição está focada no poder pelo poder, o que é lamentável e contraproducente”, sublinhou Luís Carlos Silva que ressaltou que o evento “não pretendia, nem podia pretender, substituir os espaços de debates políticos nacionais”.
Segundo o secretário-geral do MpD, com esta atitude o PAICV e a UCID demonstram não estarem familiarizados com o conceito do turismo de eventos.
“Ao contrário do propalado pelos líderes da oposição, Cabo Verde precisa de mais eventos internacionais para reforçarmos a nossa notoriedade mundial do turismo e, desta forma, diversificar a oferta e alavancar os nossos números do sector”, acrescentou.
Prosseguiu ainda realçando a importância do evento no contexto internacional, visto que Cabo Verde se tem destacado como um “exemplo de democracia, liberdade e boa governação, alegando, por outro lado, que sediar uma conferência desta dimensão só reforça e projecta o compromisso com valores “fundamentais e fundantes do MpD”.
Neste âmbito, sublinhou ser essencial que o PAICV entenda que a liberdade, a democracia e o Estado de Direito não são fins em si mesmos, mas sim princípios norteadores que possibilitam o desenvolvimento de uma sociedade justa e inclusiva.
“Só uma governança baseada nestes princípios é que garante a verdadeira liberdade de expressão, a transparência na gestão dos recursos públicos, o respeito pelos direitos civis e políticos e a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos”, afirmou.
Para Luís Carlos Silva ao “criticar o evento de forma tão superficial”, o presidente do PAICV, Rui Semedo, demonstrou “falta de compreensão do papel da oposição democrática” em um país livre e democrático como Cabo Verde, assim como “falta de cultura democrática e desalinhamento com os valores democráticos”.
Ressaltou o privilégio de Cabo Verde receber altos representantes das Nações Unidas, da União Europeia, da CEDEAO, dos USA, entre outros, além da participação de personalidades como o Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia, António Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas, António Costa, ex-primeiro-ministro de Portugal, e muitos outros.
“Da nossa parte, só nos resta reiterar a importância da Conferência Internacional e reafirmar que Cabo Verde é indiscutivelmente um exemplo de liberdade, democracia, Estado de Direito e boa governação. Não serão bitaites irresponsáveis e interesseiras que vão pôr isso em causa”, concluiu, sustentado que Cabo Verde será o centro das atenções mundiais, reunindo aqueles que acreditam que “a pobreza não é uma fatalidade e que as nações podem prosperar através de instituições fortes, inclusivas e democráticas”.
PC/JMV
Inforpress/Fim
Partilhar