Ministra defende reinserção social e reforço da responsabilidade familiar no Centro Orlando Pantera

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Ministra defende reinserção social e reforço da responsabilidade familiar no Centro Orlando Pantera
18/12/25 - 02:47 pm

Cidade da Praia, 18 Dez (Inforpress) - A ministra da Justiça, Joana Rosa, pediu hoje, durante as actividades natalícias no Centro Orlando Pantera, um olhar mais humano sobre jovens em conflito com a lei, salientando a importância da família, da educação e da prevenção.

Joana Rosa afirmou que o Natal no Centro Socioeducativo Orlando Pantera é vivido como um momento de reflexão, partilha e fortalecimento de valores como a amizade, o amor e a solidariedade, sublinhando que os educandos devem sentir um ambiente familiar, apesar de se encontrarem institucionalizados.

Segundo a governante, o objectivo das actividades natalícias é também chamar a atenção da sociedade para a responsabilidade colectiva na protecção das crianças e adolescentes.

Considerou que o lugar destes deve ser, prioritariamente, na família e na escola, e não em centros socioeducativos.

“São jovens que merecem um tratamento diferenciado, especializado e humano, porque estão numa fase crucial de crescimento”, afirmou.

A governante enumerou o investimento feito ao longo dos anos na melhoria das condições do centro, incluindo quartos, salas de informática, espaços de convívio familiar, cozinha, áreas desportivas e iniciativas culturais, como música, visando criar um ambiente mais acolhedor e propício à reinserção social.

A ministra referiu ainda que a taxa de reincidência é baixa, embora existam casos pontuais associados, sobretudo, a contextos familiares desestruturados.

Por sua vez, o director do centro, Emanuel Correia, fez “um balanço positivo” do trabalho da nova equipa directiva, destacando “mudanças significativas” no funcionamento do centro, que acolhe 37 educandos, incluindo uma do sexo feminino, maior envolvimento de parceiros estratégicos e a aposta em acções formativas que arrancam em Janeiro, tanto para técnicos como para educandos.

Quanto aos desafios, o director apontou a diversidade de perfis, origens familiares e comportamentos dos educandos como a principal dificuldade, salientando que o trabalho é feito do indivíduo para o coletivo, com foco na disciplina, na educação e na reinserção social.

“Os dados internos mostram uma diminuição significativa da indisciplina, muito associada também à maior presença das famílias”, concluiu.

CG/SR//AA

Inforpress/Fim

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