Praia, 27 Nov (Inforpress) - A UNTC-CS denunciou hoje o presidente cessante da Câmara Municipal do Maio por “descaso” quanto à denúncia de peculato contra o PCA da empresa Água e Energia do Maio (AEM), acusado de desviar mais de 1,5 milhão de escudos.
Em conferência de imprensa, Joaquina Almeida, secretária geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS), criticou a postura do presidente cessante da câmara do Maio, Miguel Rosa, afirmando que em vez de tomar medidas adequadas em relação às acusações contra o PCA da Água e Energia do Maio, Vital Tavares, optou por “elogiar publicamente o denunciado”.
Joaquina Almeida, classificou o comportamento de Miguel Rosa como uma “tentativa de encobrir a situação”, contrariando as expectativas de acção imediata diante de uma denúncia “grave”.
“A nosso ver, o pronunciamento do presidente da câmara do Maio foi uma manobra dilatória para enganar os munícipes e proteger o seu PCA, Vital Tavares, tendo em conta que já se passaram dois meses após a denúncia da UNTC-CS e nada se fez. O homem continua como PCA, não foi convocado à Assembleia Geral de Emergência e muito menos mandou-se realizar auditoria externa para apurar a dimensão da denúncia”, afirmou.
A secretária-geral da UNTC-CS denunciou ainda uma série de “irregularidades” na empresa, incluindo a violação dos direitos laborais, com muitos trabalhadores recebendo salários abaixo do mínimo nacional, variando entre cinco e dez mil escudos, e sem acesso à protecção social adequada.
Acrescentou também que “a prática de assédio moral e perseguição laboral é recorrente”, conforme relatos de funcionários.
A mesma ressaltou que os trabalhadores da empresa estão “inconformados” com a situação e exigem a imediata demissão do PCA, Vital Tavares.
“Os trabalhadores, inconformados e lesados pelos desmandos dentro da empresa, exigem a imediata demissão do PCA, ao abrigo do artigo 14, nº 1, do Estatuto da AEM, uma vez que ele não reúne condições éticas e morais para continuar à frente”, afirmou Joaquina Almeida.
Perante a situação, a secretaria-geral da UNTC-CS promete não ficar de “braços cruzados”, continuar a pressionar para que respostas sejam dadas e a situação seja resolvida de forma justa e transparente.
DV/PC//ZS
Inforpress/Fim
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