Porto Inglês, 13 Nov (Inforpress) – O administrador da empresa Águas e Energia do Maio (AEM), garantiu hoje estar em diálogo com o Governo no sentido de reduzir a tarifa de água na ilha, que é 30 % acima da média nacional.
Vital Fernandes fez estas afirmações no balanço dos dois anos de mandato à frente da empresa, considerando que a população da ilha do Maio não pode continuar a suportar a tarifa, considerada uma das mais caras a nível nacional.
“Na ilha do Maio, em consequência de o custo de operação ser alto, a tarifa de água é 30% acima da média nacional, portanto, é um factor que tem de ser combatido porque a população do Maio não pode continuar a suportar essa tarifa. Há um diálogo muito bom com o Governo, há um projeto que já está no Governo, que é o projeto de segurança no abastecimento de água na ilha do Maio e há sinais positivos por parte deles”, avançou à imprensa.
Vital Fernandes considerou que para reduzir as despesas é necessário diminuir os custos de produção e de operação, nomeadamente através da redução das perdas físicas aparentes e implementação de mais parques fotovoltaicos, por forma a reduzir o custo energético.
Isto porque, segundo a mesma fonte, o custo mensal com a Electra ronda os três mil contos, o que já resulta numa dívida atual de 42 mil contos que está estancada e em negociação com a empresa de eletricidade.
Ainda em relação aos custos, o administrador da AEM anunciou para Janeiro de 2025 o arranque da segunda fase do projeto de redução de perdas na cidade de Porto Inglês, prevendo também em 2025 iniciar o parque fotovoltaico de Pedro Vaz.
Vital Fernandes garantiu ainda a existência de financiamento mobilizado para a aquisição de equipamentos limpa fossa, orçado em 13 mil contos, Projeto de Melhorias e Operacionalização da ETAR de Calheta, previsto em 14 mil contos e a aquisição dos equipamentos para funcionamento do laboratório de controle de qualidade de água e implementação de PCQA, que ronda os 9 mil contos.
No balanço dos dois anos de mandato à frente da empresa, o administrador considerou que a AEM é hoje uma empresa “mais consolidada, funcional e mais organizada”, e com “bons índices de rendimentos e produtividade” já que, como disse, conseguiu duplicar as receitas comparadas com o ano de 2022.
Entre os principais resultados, Vital Fernandes destacou, ainda, a maior segurança no abastecimento de água, “aumento substantivo” das capacidades de produção, reduções de perdas e eficiência energética e maior disponibilidade de equipamentos, peças e acessórios de reposição de stocks para trabalhos quotidianos.
Sobre as condições laborais na empresa, tendo em conta as reclamações e greves realizadas, o administrador garante que a situação laboral atual da empresa é normal.
“Dia-a-dia está-se a melhorar a situação laboral. Só dizer dentro de breve, a partir de Janeiro os trabalhadores vão ter progressão, vão haver melhorias. E eu encontrei cá várias situações de vínculos precários e propomos em janeiro reduzir para pelo menos 98%”, disse.
Por fim, destacou que em 2023 a empresa regularizou a situação de oito colaboradores e em 2024 nove trabalhadores foram regularizados.
O mandato de Vital Fernandes termina em 2026 e, a médio prazo, como revelou, estão em negociação projetos e compromissos que visam a melhoria na produção e distribuição de água em toda a ilha do Maio.
RL/AA
Inforpress/Fim
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