Governo realça avanços na saúde materna infantil e alerta para desafios na protecção das crianças

Cidade da Praia, 16 Jun (Inforpress) – O ministro da Saúde realçou hoje avanços na saúde materno-infantil do país, como a cobertura vacinal de 95% e programas de apoio às famílias, e alertou para os desafios sociais e riscos do ambiente digital.

Jorge Figueiredo fez estas considerações ao presidir a conferência "Responsabilidade parental: o papel dos pais na educação e proteção infantil" realizada hoje, na cidade da Praia, para assinalar o Dia da Criança Africana.

O evento foi promovido pelo Ministério da Saúde, através da Direção Nacional da Saúde-Programa Nacional de Saúde Infantil, com o objectivo de promover o diálogo interinstitucional entre os diferentes parceiros e a sociedade civil.

Na ocasião, Jorge Figueiredo salientou a importância do tema, especialmente no mês dedicado às crianças e no contexto dos 50 anos da independência de Cabo Verde.

Segundo disse, o país tem assinalado “avanços significativos no bem-estar e saúde infantil”, graças ao Estado e aos sucessivos governos, “nos seus papéis e funções constitucionais intrínsecas”, como da parte da sociedade civil.

De entre os avanços, apontou, o Plano Nacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, que integra a saúde, educação e proteção social, e que já alcançou, conforme referiu, coberturas vacinais em torno dos 95 por cento (%).

O Programa Famílias Fortes, Crianças Saudáveis, Concessões Comunitárias de Educação Parental, a Linha Verde 116 para denúncia de abuso infantil e a Estratégia de Literacia Digital Familiar, lançada recentemente, para ajudar os pais a filtrar conteúdos e a promover competências digitais saudáveis, são outros ganhos apontados pelo governante.

Entretanto, reconheceu que há ainda desafios no que diz respeito à parentalidade, como novas pressões socioeconómicas, horários laborais inapropriados, fenómenos de migração interna e internacional, monoparentalidade crescente e outros.

Também manifestou preocupação com ambientes digitais precoces e generalizados, com todos os riscos associados, inclusive para a saúde mental das crianças e não só, assim como a violência que compromete a saúde mental e física das crianças.

Para o ministro, esta área continua a exigir atenção e investimento contínuo para garantir que todas as crianças tenham cada vez mais acesso a cuidados de saúde de qualidade e a um ambiente saudável para crescer.

Por seu lado, a representante residente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Ann Lindstrand, destacou os “excelentes indicadores” do país na área da saúde, para quem representam uma oportunidade que, infelizmente, muitas crianças da região africana ainda não têm.

Em nome desta organização internacional reafirmou o compromisso em continuar a trabalhar lado a lado com o Governo, as comunidades e a família, para garantir que cada criança tenha uma oportunidade de prosperidade.

ET/AA

Inforpress/Fim