Espargos, 04 Jun (Inforpress) – O Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), lançou hoje, no Sal, a campanha “PROTEJA – Crianças e adolescentes Livres de Violência Sexual”, visando a protecção e prevenção da violência contra crianças e os adolescentes.
O acto, que aconteceu na Escola Básica e Secundária Olavo Moniz (EBSOM), enquadra-se nas actividades alusivas ao Dia Mundial da Criança Inocente Vítima de Agressão e ao Dia Nacional do Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Menores e que, durante o mês e ano, terá vários momentos de divulgação da informação.
A campanha “Proteja”, conforme a delegada do ICCA no Sal, Queila Soares, tem o objectivo de mobilizar a sociedade cabo-verdiana em torno do direito à protecção para uma infância e adolescência livres da violência sexual, reunindo assim todos os parceiros para uma maior sensibilização das famílias, dos serviços e da sociedade em geral.
“A campanha tem como objectivo promover uma forte comunicação, promover mudança das atitudes das pessoas, minimizar o máximo possível dos casos de agressão sexual e garantir assim a protecção das crianças”, sublinhou a delegada local.
A campanha, continuou, é uma aposta do Ministério da Família e Inclusão e Desenvolvimento Social, através do ICCA, juntamente com o UNICEF e outros parceiros “para unir esforços no combate ao abuso sexual de menores”.
O mesmo advém, conforme a mesma fonte, de “três instrumentos fundamentais”, sendo o plano nacional de prevenção ao abuso e exploração sexual, o plano de comunicação enquanto programa do Governo para a infância e a estratégia nacional de comunicação para a prevenção e combate à violência contra crianças e adolescentes.
“São fortes instrumentos criados pelo Governo no sentido de enfrentar a problemática da violência sexual contra crianças e com base nesse plano criar projectos para massificação da informação, da protecção e do combate a este flagelo”, continuou.
Quanto aos parceiros e a interacção nesta causa na ilha, a delegada Queila Soares garantiu que tem tido sempre respostas positivas, “tanto para trabalhar projectos como intervenções para proteger qualquer criança vitima”.
Queila Soares sustentou que o lançamento da campanha no liceu de Espargos “é um primeiro momento” direccionado, especificamente, aos alunos e alguns parceiros, mas existe um “plano de massificação” da informação, através dos meios de comunicação social para a quebra do silêncio.
Para o vereador do pelouro da Coesão e Inclusão Social, Juscelino Cardoso, “este é o momento para uma reflexão de todos e de cada um, no sentido de ver perante as responsabilidades e deveres perante a protecção da criança”.
“Precisamos fazer uma reflexão. Se estamos a conferir à criança segurança e felicidade ou se estamos a conferir sofrimento e traumas a esses públicos-alvo, às famílias é porque, infelizmente, as agressões desta natureza têm acontecido mais no seio familiar e das pessoas mais próximas”, realçou.
Por outro lado, sublinhou, esta campanha “é uma grande ferramenta para fechar o cerco aos agressores e trazer alento às vítimas”.
“As vítimas não podem estar sós e não vão conseguir fazer o combate sozinhos, daí a importância desse “djunta mô” (juntar as mãos), em que a Câmara Municipal do Sal desde a primeira hora tem abraçado o projecto e programas específicos para dar combate a este flagelo”, concluiu.
A campanha irá percorrer todas as escolas e jardins da ilha, assim como espaços para a ocupação de tempos livres (ATL) e centros de dia que lidam com crianças, para uma maior sensibilização para a necessidade de reforçar e melhorar os cuidados das crianças e adolescentes bem como informar e muni-las de instrumentos e conhecimentos para sua autoprotecção.
NA/HF
Inforpress/Fim
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