Santa Maria, 13 Set (Inforpress) – O ministro das Comunidades, Jorge Santos, sublinhou hoje, no Sal, que Cabo Verde tem tido um percurso de sucesso a nível da gestão da sua diáspora e foi essa experiência que foi passado na conferência internacional.
Jorge Santos fez essa consideração ao presidir o acto de encerramento da “Conferencia Internacional sobre a Agenda Futura de Acção para o Engajamento Global da Diáspora”, que aconteceu durante os dias 12 e 13 na ilha do Sal, em que foi aprovada e lançada a aliança global para as políticas públicas de diáspora.
“Aqui participaram ministros, representantes de vários governos, de todos os continentes, da Ásia, da África, da Europa, da América do Norte e do Sul, ou seja, uma conferência onde tivemos 280 participantes presenciais e mais 180 online”, sublinhou.
Portanto, continuou, houve um grande momento em que o primeiro-ministro lançou a sua predisposição em “tudo apoiar” essa aliança global para as políticas públicas de diáspora.
“Por isso, Cabo Verde e a ilha do Sal vão ficar na história desta aliança, que é uma plataforma, também digital, onde vamos criar uma rede de contactos (networking) e vamos ter um plano de acção com programas concretos para alinharmos as políticas públicas e as soluções e boas práticas para a diáspora”, continuou.
Para o ministro, se se for ver a participação das diferentes diásporas nos produtos internos brutos (PIB) dos seus países, a média é elevada e em Cabo Verde, 34% do PIB é da responsabilidade da diáspora.
Por isso, continuou o ministro das Comunidades, este encontro é “incontornável” e permitiu a mudança de atitude.
“Essa aliança vem trazer uma lufada de oxigénio e uma nova atitude para a gestão do engajamento da diáspora nos nossos países e este é o momento de acção”.
“Temos de partir agora do discurso para a acção e essa aliança é a garantia dessa acção, ou seja, houve alguns aspectos que se focaram para se trabalhar para esta aliança”, continuou.
Segundo Jorge Santos, a acção climática é uma das acções que foi escolhida para se trabalhar com a diáspora, pelo que disse contar com toda a comunidade cabo-verdiana neste futuro.
A mesma fonte destacou que Cabo Verde tem tido políticas activas de acção climática, transformação da dívida pública externa em fundo climático para financiar projectos sustentáveis de desenvolvimento, mas também “todo o trabalho desenvolvido a nível da protecção dos oceanos e do ecossistema marítimo”.
Jorge Santos conclui que é preciso pensar no “dia de hoje e preservar o planeta para o dia de amanhã” e o Pacto Ambiental e Social do Turismo, assinado com entidades públicas, privadas e ONG da ilha do Sal, “é um bom exemplo” para o desenvolvimento do turismo, da indústria e da economia marítima sustentável.
A Conferência Internacional sobre a Agenda de Acção Futura para o Envolvimento Global da Diáspora, promovida pelo Governo de Cabo Verde, integra os apoiantes da Declaração de Dublin, adoptada em Abril de 2022, na Irlanda, e que pretende recolher ideias de práticas inovadoras sobre o envolvimento da diáspora.
NA/HF
Inforpress/Fim
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