
Cidade da Praia, 28 Nov (Inforpress) – Os trabalhadores do Instituto do Desporto e da Juventude (IDJ) ameaçam entrar em greve nos dias 01, 02 e 03 de Dezembro caso o pedido de actualização do PCCS para PCFR for negado pela Direcção-geral do Trabalho (DGT).
Em declarações à Inforpress, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Desporto (Sindesp), Flávio Furtado, explicou que a DGT deverá responder até às 16:00 de hoje sobre as últimas propostas apresentadas, incluído a alteração do Plano de Cargos, Carreiras e Salário (PCCS) para o Plano de Carreira Funções e Remunerações (PCFR).
O presidente explicou que antes de avançar para o pré-aviso, o sindicato tentou diversas vias de concertação com o conselho de direcção do IDJ e que até chegaram a elaborar um caderno reivindicativo.
Contudo, considerou que o conselho continua a “fazer pouco caso” das reivindicações, e tem “ignorado a luta dos trabalhadores” ao longo dos últimos cinco anos.
“Acreditamos que o nosso PCCS está aquém dos institutos nacionais. O Governo criou instrumentos próprios, como o PCFR, com tabela remuneratória única, em vigor desde julho de 2025”, disse, assinalando que “querendo ou não”, o IDJ tem obrigatoriedade de alterar para PCFR, um modelo actual e moderno.
“Temos um presidente que ganha doze vezes o salário mínimo nacional, enquanto há funcionários que continuam a receber salário mínimo. Somos o único instituto do país onde isso ainda acontece”, repudiou.
Caso a resposta da DGT não seja favorável, o sindicato garantiu que está preparado para avançar com a paralisação, com uma adesão que poderá chegar aos 95%.
Segundo Flávio Furtado, o Sindesp conta com cerca de 20 sindicalizados, dentro de um universo de 50 trabalhadores do sector a nível nacional, porque, esclareceu, na altura que foi criado o sindicato, a maioria não era quadro efectivo, e sim trabalhadores prestadores de serviços.
“Então, hoje em dia já há trabalhadores mais efectivo, o problema em si não é só dos trabalhadores sindicalizados, mas é de todos os trabalhadores, e o mais importante é o trabalho que a gente tem feito no terreno”, realçou.
LT/AA
Inforpress/Fim
Partilhar