Cidade da Praia, 26 Nov (Inforpress) – O Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) iniciou hoje, na Praia, a primeira fase do programa “Promoção do bem-estar psicológico em equipas de protecção social” para dar suporte e desenvolvimento emocional aos monitores e educadores.
Em declaração à imprensa, a presidente do ICCA, Zaida Freitas, disse que com a primeira fase do programa o objectivo é cuidar dos profissionais que actuam directamente no acolhimento e cuidado de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, com o apoio de especialistas na área da saúde mental.
Segundo Zaida Freitas, o projecto tem uma “grande importância”, pois visa proporcionar um espaço de suporte e desenvolvimento emocional para os monitores e educadores sociais, que enfrentam uma “rotina desafiadora” ao lidarem com crianças que passaram por experiências traumáticas.
“Nosso objectivo é cuidar de quem cuida dos nossos meninos e meninas. Sabemos que a saúde mental é fundamental para todos e, no contexto do trabalho, especialmente para as equipas que lidam com situações de alta vulnerabilidade”, afirmou a presidente do ICCA.
A mesma fonte acrescentou que ao longo de quatro dias o programa contará com 40 profissionais de diferentes funções, como monitores, educadores sociais e directores de estruturas de acolhimento.
Para a segunda fase do programa, prevista para o início de 2025, deve-se proceder à continuidade do trabalho junto das equipas que participaram da primeira fase, além da inclusão de novos grupos de outras ilhas.
O impacto esperado “é significativo”. não só para os profissionais envolvidos, mas para toda a sociedade, uma vez que, ao cuidar adequadamente dos profissionais que atendem as crianças em situação de risco, contribui-se para a criação de um ambiente “mais saudável e seguro” para o desenvolvimento de futuros cidadãos.
"Se tivermos crianças bem cuidadas, amadas e educadas, certamente teremos um Cabo Verde com cidadãos capazes de exercer a sua cidadania plenamente", concluiu Zaida Freitas.
Esta primeira fase do projecto foca-se no pessoal operacional, especialmente as monitoras, que atuam em instituições de acolhimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, localizadas nas ilhas de Santiago, Maio, Fogo e Boa Vista.
JBR/AA
Inforpress/Fim
Partilhar