Kiev, 27 Dez (Inforpress) – Um total de 121 jornalistas, atcivistas de direitos humanos e voluntários ucranianos perderam a vida desde o início da invasão russa da Ucrânia, em Fevereiro de 2022, segundo um relatório de uma organização divulgado hoje.
Um relatório do Centro de Direitos Humanos ZMINA - uma organização não-governamental (ONG) ucraniana que elaborou a investigação com apoio financeiro da União Europeia (UE) - reporta que, “até ao final de 2024, pelo menos 121 activistas, voluntários, defensores dos direitos humanos e jornalistas tinham morrido em consequência da agressão em massa” da Rússia contra a Ucrânia.
As 121 mortes foram contabilizadas com base em informações públicas, entrevistas a familiares e amigos dos falecidos, num trabalho em que colaborou também o Instituto para a Informação de Massas, outra instituição com sede em Kiev.
“Os casos de mortes de voluntários, activistas e jornalistas que ocorreram durante ataques contra alvos civis ou contra infra-estruturas ocorreram em condições em que o ataque foi dirigido deliberadamente e sem alternativa contra alvos civis”, observou o Centro de Direitos Humanos ZMINA.
Tetiana Pechonchyk, coautora do relatório, explica que os combates nas linhas da frente e os ataques russos contra o território ucraniano dificultaram o trabalho de contagem destas vítimas.
“A guerra continua e está a causar mais mortes, podendo ser difícil obter dados completos e verificados no contexto das hostilidades, especialmente quando se trata de casos que ocorreram nos territórios ocupados pela Rússia”, disse Pechonchyk.
No ano em que a invasão começou, 2022, 81 membros da sociedade civil e representantes dos meios de comunicação social perderam a vida, de acordo com os relatos de Pechonchyk sobre mortes ocorridas por motivos relacionados com tentativas de fuga dos territórios ocupados pela Rússia.
Em 2023, o número subiu para 19 e, até agora em 2024, cifra-se em 21.
“Produzimos este relatório para homenagear as pessoas que morreram a defender os valores do mundo livre nesta terrível guerra e continuaremos a recolher, documentar e detalhar estas histórias”, prometeu Pechonchyk.
Inforpress/Lusa
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